Conheça 8 tipos de inovação e saiba como aplicar na sua empresa
Segundo a etimologia da palavra inovação, o termo em latim significa algo como “mudança, reforma, introdução de algo novo”. Mas se engana que acredita que a inovação é uma coisa só. Ela possui diferentes tipos. E todos eles você conhece agora!
Novas tecnologias, expansão de mercados, produtos disruptivos. Certamente, inovar já está no seu vocabulário sem ao menos mencionar a palavra. Mas será que você sabe reconhecer os principais tipos de inovação no cotidiano das empresas?
Existem diferentes tipos de inovação que podem ser implementadas no dia a dia do negócio para potencializar os resultados, cada um com seu objetivo.
É sobre isso que vamos falar hoje. Conheça os principais tipos de inovação e saiba como aplicar no seu negócio!
O que é a inovação?
“Inovações são produtos, serviços, processos ou modelos de negócios qualitativamente novos que se diferem visivelmente em um estado comparativo“.
Essa é a definição de inovação do economista alemão Jürgen Hauschildt.
Segundo a etimologia da palavra inovação, a origem do termo em latim significa algo como “mudança, reforma, introdução de algo novo”.
Seja como for a definição, os estudiosos do tema têm um ponto em comum; eles coincidem que uma inovação só existe quando apresenta pelo menos estas duas características:
- Novidade ou renovação de um objeto ou ação;
- Mudança e aplicação — o que significa que a inovação deve ser inventada, introduzida, usada e aplicada.
8 tipos de inovação
E para te ajudar a entender o que é inovação, é interessante lembrar que existem vários tipos de inovação. Aqui está uma síntese dos principais:
Desempenho
A inovação de desempenho promove uma nova ideia para um mercado já estabelecido.
É o aprimoramento de uma oferta existente, geralmente possibilitado por novas tecnologias
Incremental
A inovação incremental representa ações que buscam melhorar ou agregar valor aos processos, produtos e serviços já existentes, sem promover mudanças muito bruscas.
Normalmente, ocorre em uma área pontual da empresa, como adicionar um novo recurso a um produto ou oferecer melhorias, seja para os colaboradores, clientes ou atributos do negócio.
Como exemplo de inovação incremental, temos a Microsoft. Pioneira no desenvolvimento de sistemas operacionais, com o passar do tempo, adicionou outras funcionalidades para melhorar a experiência do usuário e tornar o sistema mais competitivo.
Radical
Mudar o cenário de uma marca e promover verdadeiras transformações de mercado, esse é o objetivo da inovação radical, como o próprio nome já aponta.
Esse tipo de inovação possibilita uma mudança completa no posicionamento da empresa em relação ao trabalho, processos, serviços, produtos oferecidos, relacionamento com o cliente e outros.
Um exemplo de inovação radical é o surgimento do Iphone. Foi a Apple que alterou a forma que a sociedade se relaciona com aparelhos telefônicos portáteis.
Sustentável
Com a inovação sustentável, as empresas têm o intuito de defender sua própria posição no mercado e permanecer competitivas.
Qualquer inovação que melhore uma oferta é, portanto, uma inovação sustentável, independentemente de ser radical ou incremental.
Disruptiva
Inovação disruptiva é o fenômeno pelo qual uma inovação transforma um mercado ou setor.
As mudanças não necessariamente são feitas no produto ou no serviço em si, mas na maneira como eles são disponibilizados para o público, alterando a forma com que as pessoas se comportam diante dessa solução.
Quando um nicho de mercado já está defasado (ou se mantém numa constante, sem crescimento), nesse contexto, pode surgir a inovação disruptiva.
Ou seja, esse mercado pode ser surpreendido por um novo produto ou ideia, que redefine completamente a indústria.
O UBER é um exemplo de inovação disruptiva, o serviço de transporte urbano desestabilizou meios tradicionais e criou um novo modelo.
Aberta
Inovação aberta é o processo de inovação que gira em torno do livre trânsito de ideias, em busca de soluções de negócio para além das fronteiras corporativas, a partir de parcerias com outras organizações e instituições de pesquisa.
A inovação aberta pressupõe que as empresas podem e devem usar ideias e caminhos externos, bem como internos, à medida que buscam avançar em seu processo de inovação.
Ela é o uso de fluxos de entrada e saída de conhecimento intencionais para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para uso externo.
Ou seja, a inovação aberta busca o melhor, esteja onde estiver e promove o intercâmbio de ideias e experiência para além dos limites da empresa.
Fechada
A inovação fechada está calcada na convicção de que as soluções podem emergir dos recursos internos disponíveis em uma empresa. As ideias costumam vir dos gestores de projetos e seus liderados.
Uma empresa que opta por manter seus esforços de inovação fechados têm seus projetos desenvolvidos apenas dentro de limites claramente definidos.
Know-how, tecnologia, processos e propriedade intelectual permanecem sob o próprio controle; sem colaboração com outros agentes do mercado ou universidades, por exemplo.
Ágil
Significa que as ideias são implementadas usando colaboração e loops de protótipos iterativos. Com a adaptabilidade dos processos ágeis de inovação, as inovações podem chegar ao mercado e ser implementadas mais rapidamente.
Aplicação prática dos diferentes tipos de inovação
Soluções inovadoras são aquelas que representam formas melhoradas ou totalmente novas de responder a demanda ou oportunidade do mercado.
Existem vários tipos de inovação, sendo sistematizados em 6 principais grupos. São eles:
1. Inovação de produto
A inovação de produto é muito simples de ser observada. É ela que traz uma oferta de produto novo ao mercado.
Aqui, são definidos como um novo produto apresenta novos recursos e funções e qual valor valor inédito será agregado ao cliente de determinado segmento.
2. Inovação de serviço
A inovação de serviço é o desenvolvimento de novos serviços e ofertas de serviços.
Entre os objetivos desse tipo de inovação estão:
- Agregar valor ao produto ou serviço;
- Simplificar e facilitar o uso do serviço;
- Aprimorar a experiência do usuário.
3. Inovação em Processo
A inovação em processos cuida da utilização de processos, métodos, fluxos e no desenvolvimento de novos processos, que são dirigidos à eficiência ou formas únicas de produção e distribuição.
4. Inovação em Organização
A inovação em organização reúne as iniciativas voltadas à reestruturação de recursos humanos e bens de gestão de mudança, transformação cultural e capacitação.
Inclui a forma com que as pessoas podem usar a estrutura física de uma empresa, seus equipamentos, entre outros.
5. Inovação em Marketing
A inovação em marketing é aquela que trata das inovações de modelos de lucro, monetização, precificação, entre outros.
O foco é em canais de distribuição, comunicação, engajamento com consumidor, marcas, considerando os 4 Ps do Marketing.
6. Inovação Tecnológica
Talvez, o tipo de inovação que primeiro vem à mente das pessoas: a tecnológica. Afinal, são muitas inovações tecnológicas que fazem parte do nosso dia a dia.
E como o nome já diz, esse tipo agrega novas tecnologias ao processo de inovação. Só para citar algumas, temos a Inteligência Artificial, a computação na nuvem, a internet das coisas e a biometria.
Quais são as etapas do processo de inovação?
O Design Thinking é uma abordagem de inovação estruturada que tem o ser humano como foco e busca gerar soluções que alinham o desejo e as necessidades do usuário. O intuito é sempre na geração de valor para o negócio.
Um projeto de Design Thinking pressupõe levantamento de informações sobre problemas reais do consumidor final, entender os aspectos da sua jornada e propor soluções tangíveis.
Esse processo é dividido cinco fases:
- Imersão – consiste em pesquisas de contextualização do problema, definido pelos stakeholders da empresa, a coleta de dados e formulação de hipóteses.
- Análise e Síntese – nessa fase são agrupados os dados coletados e realizado o reenquadramento da situação inicial com base na transformação dos dados em informações relevantes.
- Ideação – organização de sessões coletivas e a utilização de ferramentas para a criação de soluções inovadoras.
- Prototipagem – são realizados períodos de testes para validação do valor das ideias para o cliente final.
- Implementação – há o refinamento e a operacionalização efetiva das ideias aptas a serem desenvolvidas e seus desdobramentos.
Como implementar a inovação na sua empresa?
Um dos desafios corporativos mais urgentes tem a ver com reinventar e inovar nos negócios em meio a mudanças tecnológicas e nos hábitos dos consumidores.
Como manter as pessoas no centro dos processos de criação ou de melhoria de produtos e serviços, gerando valor? Temos 4 dicas para isso, confira!
1. Crie um ambiente propício para a inovação
A melhor forma de fazer com que sua equipe passe a operar tendo a inovação como a base de suas decisões é criando uma nova cultura de inovação.
E, se a criação de uma cultura está calcada no cultivo de novos hábitos, é preciso criar espaço para a inovação.
Existem alguns pontos na criação desse “espaço para inovar” – e referem-se, basicamente, à diminuição de restrições e maior flexibilidade nos métodos empregados no dia a dia.
Em um mundo cada vez mais digital, essa dica assume uma nova dimensão. Isso quer dizer que essa flexibilidade não está restrita ao ambiente físico, mas ao trabalho remoto ou híbrido..
2. Promova autonomia
A construção de uma gestão horizontal é um dos atributos que integra o processo de inovação.
Você sabe o que precisa ser feito e estabelece metas, então deixe as pessoas livres para encontrar a melhor maneira de entregar os resultados. Coloque-se como um facilitador e não como um fiscal.
3. Dedique tempo a inovação
É difícil produzir novos pensamentos e ideias quando seu time está cheio de demandas.
Por isso, garantir que seus colaboradores tenham tempo disponível para engajar-se em temas de seu interesse é um passo fundamental para a implementação de uma cultura de inovação eficaz.
Mas não confunda isso com improdutividade. Essa espécie de “ócio criativo” é tido como um dos principais geradores de ideias.
Uma empresa que frequentemente aproveita a criatividade de seus funcionários para geração de produtos inovadores é o Google.
A Big Tech é conhecida por reservar na agenda dos colaboradores um percentual de tempo para que eles se engajem nas tarefas que quiserem dentro da organização.
4. Incentive a experimentação
Experimentar é essencial na construção de uma cultura de inovação sólida. E os erros também fazem parte desse processo.
E quando falamos de cultura da experimentação aqui, é importante frisar que pressupõe uma relação diferente com o erro.
Errar vai diametralmente contra as diretrizes de diversos players do mundo corporativo mais tradicional – o que pode ser um entrave relevante para a consolidação de um bom processo de inovação.
Essa prática impede que os funcionários criem o hábito de priorizar ideias mais ousadas por melhores resultados. E essa continuidade é uma das engrenagens da máquina de inovação.
Os erros fazem parte de um processo de experimentação. A questão passa a ser errar rápido, aprender, ajustar e voltar rapidamente aos trilhos.
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