O que é e como estruturar um teste de usabilidade
O teste de usabilidade é uma técnica de avaliação e pesquisa que analisa se a experiência está boa, ruim, fácil, difícil, lenta em uma interface.
Como observar e medir a experiência do seu usuário? Como avaliar se seu produto ou serviço é fácil de usar? O teste de usabilidade tem as respostas. Entenda como estruturá-lo!
O que é teste de usabilidade?
Vamos começar com uma premissa muito importante que você não pode esquecer: o teste usabilidade é o maior aliado da experiência do usuário. E por quê? É ele que vai avaliar o seu produto ou serviço e dizer se a experiência que o cliente está tendo nele é boa ou ruim.
O teste de usabilidade é uma técnica de avaliação e pesquisa que analisa se a experiência está boa, ruim, fácil, difícil, lenta ou demorada através de tarefas simples que o usuário precisa desempenhar.
Essa técnica pode ser utilizada para avaliar qualquer coisa: desde um produto, serviço, site, aplicativo até um protótipo, gráfico, desenho no papel.
Esses testes são realizados com indivíduos que representam o público-alvo de alguma forma. Cada participante é levado a executar determinadas tarefas típicas enquanto o analista observa, ouve e anota.
Objetivos de um teste de usabilidade:
- Todas (ou pelo menos a maioria) as ações desejadas sejam finalizadas sem maiores problemas
- Minimizar os erros
- Alcançar a maior facilidade em encontrar o que deseja
- Ter uma experiência agradável
- Executar qualquer tarefa de maneira eficaz
Obviamente, o objetivo final de um teste de usabilidade é realizar melhorias no produto ou serviço, proporcionando uma melhor experiência ao usuário.
Testes de usabilidade são realmente importantes?
E se são realmente importantes, por quê? Não seria mais fácil fazer uma pesquisa sobre o que o usuário achou do produto? Ou marcar quantas estrelas ele dá para o aplicativo? Ou, quem sabe, responder um questionário sobre o serviço?
Nem sempre. Sobre isso, Jakob Nielsen diz o seguinte:
Primeira regra de usabilidade? Não dê ouvidos aos usuários!
O cientista da computação com Ph.D. em interação homem-máquina, afirma que, com muita frequência, vê empresas que baseiam seus projetos em contribuições de usuários obtidas por meio de métodos equivocados. E dá um exemplo típico: mostrar designs diferentes aos usuários e pedir que eles escolham qual preferem. Red flag!!
Se os usuários não tentarem realmente usar os designs na prática, eles basearam seus comentários nos recursos da superfície. E isso, além de ser superficial demais, muitas vezes contrasta fortemente com o feedback baseado no uso real.
Para descobrir o que realmente funciona melhor, observe os usuários enquanto eles tentam realizar tarefas. Este método é o teste de usabilidade mais simples que existe e, ainda assim, pode trazer muitos insights.
Claro, existem muitas maneiras de assistir e muitos truques para executar um teste de usabilidade. Porém, em última análise, a maneira de obter os dados do usuário se resume às regras básicas de usabilidade:
- Observe o que as pessoas realmente fazem
- Não acredite no que as pessoas dizem que fazem
- Não acredite no que as pessoas preveem que farão no futuro
Existem diversas formas de realizar um teste de usabilidade. Aqui, vamos falar de algumas delas. É importante que, antes de escolher qual teste você irá utilizar e como irá estruturá-lo, você tenha em mente que, sem dúvida, olhar para os usuários deve ser prioridade nos próximos anos.
É fundamental buscar (e encontrar!) soluções que não só aumentem sua carteira de clientes, mas, que acima de tudo, retenha seu consumidor. O caminho com certeza passa por uma estratégia de UX.
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Como estruturar o seu teste de usabilidade?
Imaginamos que você já entendeu, mas não custa nada repetir: o teste de usabilidade é uma estratégia para obter uma melhor avaliação sobre um produto ou serviço, em termos de facilidade e intuição.
Nesse sentido, alguns pontos devem ser levados em consideração para estruturá-los corretamente. Confira!
1. Realize seu teste com a persona para quem o produto ou serviço é destinado
Não caia na tentação de pedir a opinião do seu amigo, do familiar ou até mesmo a sua. Com certeza esses pontos de vista estarão comprometidos e não trarão os insights necessários.
2. Planeje o teste
Sabendo quem são os usuários (representados pelas personas), comece a planejar e definir a estrutura do teste: seleção das pessoas, funcionalidades a serem testadas, duração do teste, número de pessoas, o que agrega valor ao usuário etc.
Dica importante: essa parte é totalmente customizada de acordo com os seus objetivos de negócio. Nunca se baseie em outros testes de usabilidade para definir o seu.
3. Faça um roteiro
Nesse passo você vai definir todas as etapas que serão necessárias durante o teste. É a montagem de um roteiro mesmo, um passo a passo para ser seguido no momento dos testes. Uma dica: esse será o guia para montar o layout dos testes.
4. Selecione as personas
Depois de entender o público geral, é hora de colocar uma lupa de aumento para selecionar o grupo de pessoas mais estratégico para o seu teste. O truque aqui é ser o mais específico possível.
Para ajudar, você pode montar um questionário. Ele vai ajudar a filtrar os participantes para ter um público final mais alinhado às suas expectativas.
4. É a hora do protótipo
Aqui você vai montar uma versão de teste mais básica possível para o seu produto e serviço. É um MVP – ou mínimo produto viável, no português. Aqui, o importante é que funcione o suficiente para que as pessoas entendam e consigam interagir com as suas funções.
5. Realize o teste
Agora é a hora do show – finalmente! As pessoas vão interagir com o protótipo e o observador precisa estar atento para todo e qualquer detalhe.
Ficaram confusas em algum ponto? Não souberam o que fazer? Pediram ajuda? Não acharam simples? Completaram todas as funções de forma rápida? Travaram em algum ponto?
6. Organize as informações e analise os dados
Recolha todos os insights possíveis e, depois, organize-os para poder analisar e entender onde houve problemas, possíveis funcionalidades para o futuro ou até mesmo coisas que precisam ser removidas.
7. Não esqueça das melhorias
Após olhar os pontos de atenção e entender o que não funcionou como esperado, é a hora de pensar nas melhorias, ajustes e correção de erros. Depois disso, se for necessário, reinicie o processo e teste com outras pessoas para entender se suas otimizações foram bem-sucedidas.
3 formatos de uso do teste de usabilidade
Usuários não sabem o que querem. E é por isso mesmo que uma pesquisa online, por exemplo, não vai funcionar para obter dados confiáveis sobre o seu produto ou serviço.
Por isso, antes de mais nada, você precisa saber quando, onde e como colher esse feedback do seu cliente. A seguir, saiba quais são os tipos mais comuns de testes de usabilidade.
1. Presencial (in-person)
Acompanhados por moderadores ou pesquisadores, como o próprio nome já diz, são realizados presencialmente, em um lugar específico para a pesquisa.
Uma técnica comum que é bastante usada nesse formato é o teste A/B.
2. Remotos não moderados
São os testes de usabilidade realizados online. O ponto forte aqui (além de diminuir o contato e transmissão da covid-19 e seguir o protocolo de distanciamento social) é o custo ser bem menor.
Os participantes utilizam seus próprios equipamentos (como tablets, notebooks e celulares) e não existe a figura de um mediador ou moderador.
3. Remotos moderados
Esse modelo representa a junção entre os dois anteriores. Para trazer insights mais ricos através de dados orgânicos, é feita uma experiência mais imersiva.
Para isso, esse tipo de teste é realizado diretamente na casa ou no trabalho dos participantes – ou algum outro lugar no qual o usuário tenha familiaridade e sinta-se à vontade.
A figura do moderador precisa se deslocar até esse local e realizar o estudo presencialmente.
E você, pronto para testar sua usabilidade? Acredite: seguir essas regras e métodos básicos de usabilidade ajudará você a garantir que seu design seja realmente tão legal quanto parece.
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