Tecnologia da Informação e decisões estratégicas: comece agora a dar voz para a sua TI
Em tempos de crise e migração das empresas para o 100% digital, a TI precisa – mais do que nunca – virar a chave para se tornar estratégica.
Não é mais uma questão de escolha. É urgente: a tecnologia é decisiva na saúde e no futuro dos negócios. Ainda mais nos tempos de crise que vivemos, em que a pandemia mundial, o isolamento social e o home office empurraram as corporações rapidamente para a transição remota.
É essa a reflexão que trazemos neste artigo. Continue lendo para entender por que a TI estratégica é um divisor de águas para as organizações, quais são seus pilares e como implementá-la de maneira efetiva!
TI estratégica: a virada de chave
Além de cumprir os tradicionais requisitos de integração de processos e comunicação, a Tecnologia da Informação é considerada como um fator de inovação em toda a empresa.
Nos tempos de crise que vivemos, a Transformação Digital deixou de ser uma inovação e passou a ser o único caminho possível para que as empresas continuem existindo. E quem deseja ter sucesso nessa empreitada precisa necessariamente envolver a TI em suas decisões estratégicas.
Quem se adiantou e automatizou seus processos de negócios existentes saiu na frente. A RPA é uma das soluções que pode ajudar muito, ainda mais em tempos remotos, pois a automação robotizada de processos eleva a competitividade empresarial.
Este é um processo extrínseco à vontade própria das empresas; ele vem do mercado em si, da complexidade e dinamicidade do ecossistema de negócios, nacional e internacional.
É neste contexto que o conceito de TI estratégica precisa ser considerado. Ele descreve como a tecnologia deve ser usada para atender às metas de TI e de negócios.
NOTA! Também chamada de estratégia tecnológica ou plano estratégico de TI/tecnologia, a estratégia de TI deve ser algo formalizado, documentado, de forma que os múltiplos fatores que afetam o investimento e o uso da tecnologia da organização fiquem claros para todos os envolvidos no processo.
Pilares da TI estratégica
Uma empresa tem TI estratégica quando reúne condições de controlar todas as facetas do gerenciamento de tecnologia, como:
- Custos
- Capital humano
- Administração de hardware e software
- Fornecedores
- Riscos
Para entender o poder da TI estratégica, vamos listar os principais pilares que a sustentam.
Governança
A governança de TI tem a ver com fazer escolhas inteligentes na alocação de escassos recursos tecnológicos e ser responsável pelo desempenho resultante dessas decisões. Essas opções incluem aquelas que consideram custo, risco e alinhamento estratégico.
Embora a governança quase sempre exista de alguma forma — ou seja, sem que seja explícita —, a maturidade e a previsibilidade do processo são realmente alcançadas apenas com processos de governança claramente definidos, entendidos e acordados.
→ Leia também: Governança de dados: por que e como implementar?
Recursos
O gerenciamento de recursos envolve a compreensão das ferramentas e processos de planejamento para atingir metas específicas e colocar esforços no contexto mais amplo de iniciativas estratégicas.
Esse pilar inclui habilidades em:
- Planejamento
- Gerenciamento de projetos e orçamento
- Gerenciamento de informações
- Gerenciamento de mudanças
- Avaliação de desempenho da área de TI
Infraestrutura inteligente
À medida que os sistemas se tornam cada vez mais interdependentes e uma pequena alteração em um aplicativo pode ter impactos significativos no downstream, não é mais possível ter uma visão estreita e de sistema único do desenvolvimento da solução. Novas solicitações devem ser tratadas com uma mentalidade de processo de ponta a ponta.
Nesse momento, a introdução de novos recursos exigirá uma perspectiva arquitetônica que considere qualidades como:
Reutilização
Padrões
Sustentabilidade
Uso de dados
A médio e longo prazo, a infraestrutura inteligente pode levar a soluções de alta qualidade e custos gerais reduzidos.
Softwares e hardwares
Historicamente, muitas organizações criaram e hospedaram suas soluções de software e hardware ou as adquiriram de terceiros em um modelo de implementação em infraestrutura própria. Ainda hoje, há boas razões para fazer isso, principalmente os sistemas que usam inovação proprietária e são essenciais para a diferenciação do mercado.
Fora dessa categoria, a TI tornou-se cada vez mais comoditizada — ou seja, os serviços básicos não oferecem vantagem competitiva, mas são essenciais para as principais funções comerciais (pense no armazenamento de e-mail ou arquivo como exemplos).
A utilização de mais produtos e serviços de TI com base em commodities permite que a organização eleve sua proposta de valor: trabalhar nos problemas de negócios mais complexos e ser um verdadeiro facilitador do crescimento dos negócios.
É dentro desse contexto que a computação em nuvem se tornou uma aliada fundamental. Ela ajuda a reduzir custos gerais de infraestrutura e garante segurança da informação, escalabilidade, mobilidade, entre outros benefícios. Além disso, possibilita que empresas de todos os tamanhos possam finalmente vislumbrar uma TI realmente estratégica.
Liderança e equipe estratégicas
A execução de uma estratégia de TI requer forte liderança. Normalmente, o CIO e o CTO precisam trabalhar em estreita colaboração com os departamentos de negócios, orçamento e jurídico, bem como com outras linhas de negócios e grupos de usuários para alcançar seu sucesso.
Da mesma forma, o time de TI precisa voltar-se para uma atuação mais analítica e menos operacional, uma vez que pode delegar as questões operacionais a prestadores de serviços especializados.
Para tal, precisa receber autonomia e reunir habilidades relacionadas ao mundo dos negócios. Só assim deixará de ser um mero suporte para passar a trazer soluções estratégicas e inovadoras que impactam positivamente toda organização.
Por que implementar a nova TI
A TI estratégica se tornou um componente central da criação de valor e continuará a evoluir de sua função de suporte para os processos principais da empresa. Em vez de apoiar os modelos de negócios existentes, ela vem se convertendo em uma fonte essencial de ideias para modelos de negócios completamente novos.
Um forte exemplo é o princípio da economia de plataforma que foi criado pela digitalização — ou pelo menos radicalmente renovado. Esse princípio mudou completamente a maneira como a música é vendida, como os hotéis ocupam suas camas, como as lojas de departamento funcionam (vide o modelo Amazon), para citar apenas algumas frentes já bastante visíveis para o grande público.
Empreendedores e gestores de negócios que desejam ter sucesso nesse ambiente de Transformação Digital, são convidados a envolver mais a TI no desenvolvimento organizacional e do portfólio. Para os departamentos de TI, isso também significa uma mudança fundamental na forma como operam.
A evolução contínua da TI em um provedor de serviços baseados em necessidades, em vez de tecnologia pura, precisa dar o próximo passo evolutivo. A prestação compatível com o nível de serviço acordado é apenas parte das tarefas. Além disso, espera-se que a TI faça jus ao seu papel como fornecedora de ideias nos negócios reais.
Se a TI realmente deseja lidar criativamente com novas ideias de negócios no futuro, ou seja, inovação de serviços, isso exige o domínio básico, como a prestação confiável e econômica dos serviços acordados e a implementação de requisitos novos e alterados.
Para isso, primeiro a TI deve conhecer detalhadamente os processos e atividades atuais dos negócios e quais serviços são necessários para seus processos. Também precisa estar diretamente conectada aos negócios da empresa e aos mercados em que ela opera.
Ao mesmo tempo, a importância da TI para a produção continuará aumentando, criando novos desafios para o desenvolvimento de sistemas relacionados à máquina e sua operação segura.
→ Leia também: 5 dicas para investir na área de TI da sua empresa.
Qual o nível de maturidade de TI em sua empresa?
Você leu até aqui e, certamente, está se perguntando em qual grau de maturidade está a estratégia de TI da sua empresa neste momento. Se é assim, saiba que você está no caminho certo, pois o primeiro passo é mesmo se conscientizar e, a partir disso, trabalhar para que as coisas sejam ainda mais estratégicas.
Aqui na MJV, temos auxiliado empresas nos mais variados segmentos do mercado a dar os passos certos rumo à TI estratégica. Tanto que desenvolvemos uma ferramenta que ajuda a verificar o nível de maturidade tecnológica nas organizações.
→ Faça agora mesmo o Teste de Maturidade de TI da sua empresa!
Que tal, o que você achou da reflexão que trouxemos neste texto? Faça contato conosco para tomarmos um café virtual e conversarmos sobre como podemos ajudá-lo a desenhar e executar uma TI mais estratégica e orientada a resultados!
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