Entenda o processo de Reenquadramento em Design Thinking
A fase de Imersão no Design Thinking é uma etapa crucial. É quando entendemos o contexto do problema, fazemos entrevistas, pesquisa em profundidade, e utilizamos simultaneamente técnicas de análise de dados.
Entender os desafios do DT pode levar a outra ação muito importante durante o processo de inovação estruturado: o Reenquadramento. Saiba como é possível reorientar seus projetos através de uma equipe de inovação qualificada.
O que é Reenquadramento?
É examinar problemas ou questões não resolvidas em uma empresa sob diferentes perspectivas e diversos ângulos, permitindo, assim, desconstruir crenças e suposições dos atores (stakeholders), e quebrar seus padrões de pensamento, ajudando-os a mudar paradigmas dentro da empresa e, com isso, dar o primeiro passo para alcançar soluções inovadoras.
Como um problema não pode ser resolvido com o mesmo tipo de pensamento que o criou, o reenquadramento deve ser usado como primeira etapa para geração de soluções inovadoras. Serve também como etapa inicial da melhoria de produtos, serviços e/ou processos, uma vez que permite a abordagem da questão sob novas perspectivas.
Como aplicá-lo?
O processo acontece em ciclos de captura, transformação e preparação, que se repetem até que seja alcançado o objetivo de estimular os envolvidos a enxergarem o problema sobre diferentes óticas, criando um novo entendimento do contexto para levar à identificação de caminhos inovadores.
Geralmente a equipe de projeto atua como facilitadora de um processo que pode ter diferentes durações, de várias semanas a um único workshop. O importante é que sejam realizados encontros com os atores que serão questionados com pequenas tarefas que incentivem novos padrões de pensamento.
Ciclos do Reenquadramento
É a coleta de dados sobre a razão de ser do produto/serviço/empresa, em relação a crenças e suposições do interlocutor que serão utilizadas na fase de transformação.
Frequentemente ocorre durante os encontros ou reuniões com os atores envolvidos no processo, onde, a princípio, são questionados (entrevistados) a respeito de inovação, mas também podem ser instigados a realizar exercícios de analogia, encenação ou outras dinâmicas a fim de revelar um outro olhar sobre a questão.
Com estes dados em mãos, a transformação é realizada pela equipe de projeto que mapeia os dados coletados na fase anterior e adiciona novas perspectivas. Nesta fase, muitas técnicas como mapas mentais, jornadas, negação etc., podem ser aplicadas de acordo com o objetivo, tipo de cliente e momento do processo.
A preparação é o momento em que se cria materiais de sensibilização de impacto, com base no resultado da fase de transformação, que estimule o interlocutor a refletir. Muitas vezes levantam-se questões que não ficaram claras e desenvolvem-se/escolhem-se ferramentas para o próximo ciclo (volta à captura).
4 pontos para o sucesso do processo de reenquadramento:
• Propiciar um ambiente descontraído, onde o cliente é convidado a relaxar e repensar seu trabalho.
• Criar discursos confrontantes e emocionais, recheados de exemplos de histórias reais, para facilitar o entendimento do que se propõe.
• Oferecer, ao fim de cada sessão, um material que permita ao cliente passar a diante (dentro e fora da empresa) o que vivenciou e aprendeu nas Sessões Generativas.
• Selecionar um facilitador que consiga atiçar o cliente, proporcionar um novo entendimento das questões iniciais e transformar um futuro incerto em algo plausível.
Reenquadrar é fundamental
A MJV aplica essa técnica em uma grande parte de seus projetos. Isso acontece porque a visão externa, mais imparcial e limpa de pré-conceitos a respeito dos problemas aliada à investigação profunda dos desafios e opiniões diversas, gera uma visão diferenciada dos caminhos possíveis rumo à solução.
Muitas vezes, os stakeholders acreditam que o desafio maior seja externo, quando na verdade ele vem de dentro, da própria cultura empresarial. Outras vezes, ao contrário. Sendo assim, com a rápida prototipagem e teste de novas soluções do Design Thinking, é possível descobrir novas nuances para a inovação, de uma forma bem ágil.
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