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3 Prioridades de inovação das empresas brasileiras

A edição de dezembro da Revista Harvard Business Review dá a dica: “Nenhum negócio sobrevive a longo prazo sem se reinventar.”


O período de crise econômica atual demonstra, mais do que a necessidade de adaptação para a sobrevivência, a importância de antecipar-se para atender novas demandas do mercado e as expectativas do “novo” consumidor.

Nesse sentido, uma mudança do ponto de vista das empresas pode fazer deste o momento ideal para reinvenção de indústrias e para disrupção de modelos de negócios.

Em uma pesquisa recente, A MJV questionou executivos de algumas das principais empresas brasileiras, dos mais diversos setores, sobre suas prioridades de inovação neste cenário incerto e desafiador. O estudo, que será publicado em janeiro de 2016, sugere que a criação de novos produtos e serviços está no topo da lista de prioridades, seguida pela experiência do cliente e a transformação digital.

A necessidade de criar novos serviços ou de melhorá-los advém de um momento de crise e de saturação da oferta; os clientes querem mais e melhor. Por isso, melhorar a experiência do consumidor de modo a não só atender, mas também exceder as expectativas, se torna crucial.

A transformação digital, por fim, pode ser o caminho para reinventar-se – como fazem as startups que buscam quebrar os padrões do mercado tradicional, adaptando, modificando e evoluindo formatos de negócios antes bem estabelecidos.

A seguir, falaremos um pouco sobre cada um desses pontos.

Novos produtos e serviços

É de conhecimento geral que os formatos de negócios atuais tendem a desaparecer ou a se transformar em algo sem precedentes.

Além de se ocuparem com a inovação incremental, que ajuda a melhorar o que já existe, as empresas precisam ajustar as estratégias internas a partir da observação do ambiente externo e, principalmente, dos hábitos e comportamentos das pessoas.

O uso de metodologias para inovar estratégica e estruturadamente – como o Design Thinking – pode ser a saída para estender o olhar para fora e se aproximar das reais necessidades e expectativas dos clientes.

Ao criar novos produtos e serviços, as organizações não devem ignorar as tendências de comportamento dos usuários. Afinal, números e relatórios não são suficientes para explicar o porquê de um cliente escolher o produto ou serviço de uma determinada marca em detrimento de outra.

Experiência do cliente

Casos como Uber e Netflix não são exemplos de sucesso à toa. Ambos levaram em consideração um aspecto fundamental na oferta de seus serviços: a experiência do usuário.

Assim, faz sentido que as empresas se ocupem de conhecer mais a fundo as preocupações e os valores desses “novos” clientes – que buscam cada vez mais controle sobre a forma e o custo daquilo que consomem.

As experiências devem ajudá-los a tomar decisões informadas e conduzí-los em uma jornada que vai além do momento de fechamento da compra. Ao direcionarem o foco para as pessoas, as equipes tendem a conhecer os diferentes perfis e a considerá-los em suas estratégias de negócios, bem como no desenvolvimento de produtos e serviços.

Transformação digital

Inovar não significa apenas criar um aplicativo funcional e amigável ou marcar presença nas redes sociais. Como falamos em outra ocasião (veja o post sobre os 3 agentes da transformação digital), a verdadeira transformação digital reside na mudança de postura e de cultura corporativa, focada no princípio do digital-first.

São as percepções de como o consumidor se relaciona com as novas tecnologias que produzem as inovações verdadeiramente disruptivas e as propostas de valor com DNA digital.

É na percepção dessa oportunidade que as startups bem sucedidas se posicionam.

Elas surgem do cruzamento entre a demanda latente com uma oferta ociosa e utilizam a cultura e a estratégia digital como pilares. O Uber, por exemplo, se baseia na demanda pela melhoria e praticidade do transporte, tendo em vista o excesso de carros e motoristas que, entretanto, não atendem adequadamente os passageiros. O Airbnb, por sua vez, aproveita a demanda por opções diferentes de hospedagem utilizando quartos vazios (oferta ociosa).

Vale ressaltar: aspectos como a simplificação, a facilitação do autoatendimento e das informações e a integração são indispensáveis às empresas que pretendem não só responder às demandas do mercado, mas principalmente se antecipar aos desafios do futuro.

Dessa forma, o digital se torna parte intrínseca à estratégia, em vez de um simples braço do modo tradicional de fazer as coisas.

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