Os impactos do Movimento Low Code/No Code
Nos últimos anos, as formas Low-Code/No-Code de criar aplicações e resolver problemas técnicos tornaram-se bastante relevantes.
Elas representam uma evolução lenta e gradual que começou com o WIMP no início dos anos 70, gerou produtos como editores da Web WYSIWYG e agora permeiam quase todas as categorias de softwares e aplicativos.
No entanto, esse aumento na popularidade não vem sem confusão — entre usuários finais e fornecedores. Mesmo as terminologias “Low Code” e “No Code” podem ser enganosas, já que a distinção não é necessariamente sobre quanto código é necessário para resolver um problema, mas sim a pessoa envolvida e o escopo do projeto em questão.
Sobre isso vamos conversar ao longo deste artigo.
Continue lendo para entender o que é o chamado “Movimento Low Code/No Code” e ver como ele pode impactar o seu negócio!
O movimento Low Code/No Code
O Movimento Low Code/No Code é um dos fenômenos mais significativos dos últimos anos na indústria da Tecnologia da Informação (TI). Ele consiste na utilização de ferramentas e métodos que permitem que pessoas com pouco ou praticamente nenhum conhecimento de desenvolvimento de software trabalhem usando, por exemplo, editores gráficos e fluxogramas simplificados.
Se durante muitos anos a programação de sistemas era um privilégio de entendedores das linguagens e dos meandros técnicos, agora, com o fenômeno do Low Code/No Code, essa exclusividade cai por terra.
Trata-se, portanto, de uma revolução, uma vez que a simplicidade e a agilidade no desenvolvimento são o núcleo duro dessa abordagem.
Para as empresas, especialmente aquelas que não têm o desenvolvimento de softwares em seu core business, esse movimento representa mais possibilidades de inovar usando a tecnologia.
Também é interessante pensar nesse fenômeno sob a ótica da mudança de mentalidade, tanto no que diz respeito aos profissionais desenvolvedores quanto dos gestores de projetos e de negócios.
Um maior acesso à possibilidade de desenvolver produtos tecnológicos democratiza as capacidades ao mesmo tempo em que facilita a incorporação de Inteligência Artificial, entre outras facilidades tecnológicas inovadoras.
Empresas abertas à transformação digital e antenadas com o que há de mais moderno no mundo da TI têm feito um excelente proveito do Movimento Low Code/No Code — mais adiante, nós te mostramos um case de sucesso que exemplifica essa tendência!
Diferenças entre o Low e No Code
Para nos aprofundarmos ainda mais, é interessante definirmos o que são os termos Low Code e No Code. Confira o que diferencia um conceito do outro:
Low Code
Low Code refere-se a plataformas e soluções modulares utilizadas por pessoas com perfil técnico que precisam empregar o mínimo possível de programação ao desenvolver aplicações tecnológicas.
Em outras palavras, com uma plataforma de desenvolvimento do tipo Low Code (código baixo/pouco código), os desenvolvedores não codificam um aplicativo linha por linha; eles apenas o desenham — como um fluxograma — usando programação pré-configurada.
No Code
Já as plataformas No Code (sem código/zero código) são soluções visuais e bem simplificadas que, em teoria, permitem que um leigo em programação possa desenvolver algum produto (websites, games, aplicativos etc.).
Geralmente, as plataformas do tipo No Code fornecem processos de arrastar e soltar, além de bastante assistência ao desenvolvedor durante a criação.
Os impactos do movimento Low Code/No Code no seu negócio
Muito bem, vamos trazer esse fenômeno para o “mundo real”?
Confira, a seguir, que impactos o fenômeno Low Code/No Code pode gerar no seu negócio.
Facilidade para inovar
Ao unir metodologias ágeis com plataformas No e Low Code, é possível acelerar a criação de aplicações e testar novas ideias tecnológicas. Assim, protótipos que demorariam dias para sair do papel, podem ser apresentados em horas. E isso pavimenta um excelente caminho para a inovação.
Flexibilidade para criar aplicações mais centradas no usuário
Um dos grandes desafios das empresas em transformação digital é criar produtos tecnológicos que entregam uma boa experiência aos usuários.
Neste sentido, as plataformas Low e No Code podem facilitar a criação de funcionalidades mais aderentes às necessidades dos usuários. Também a remoção de partes que dificultam a usabilidade se torna mais rápida.
Maior poder de customização de soluções legadas
As empresas também costumam gastar bastante tempo e dinheiro para adequar soluções legadas (ERPs, CRM etc.).
Ao inserir a filosofia Low e No Code em seus processos, elas realizam customizações com mais rapidez e eficiência, testando inúmeras possibilidades quantas vezes forem necessárias.
Redução de custos e aumento de produtividade
Toda empresa sabe o quanto é caro contratar desenvolvedores de alta performance. Como as soluções e os métodos Low e No Code oferecem estruturas semi prontas, é possível trabalhar com profissionais em início de carreira ou mesmo com amadores.
Por outro lado, os profissionais com bastante conhecimento técnico também podem ter sua capacidade produtiva aumentada — uma vez que eles não precisam mais perder tanto tempo trabalhando na codificação tradicional, linha por linha.
Autonomia para times fora da TI
Um outro impacto bastante positivo do Movimento Low Code/No Code é que pessoas que não fazem parte do time de TI podem contribuir com o desenvolvimento de aplicações, ou com o aprimoramento do que já está pronto.
Atuação mais estratégica da TI
Sem precisar passar muito tempo atuando em projetos complexos de desenvolvimento, a TI pode dar mais um passo em direção a uma atuação mais estratégica, menos operacional.
Logicamente, caberá a esse departamento estabelecer regras e orientar os usuários amadores, evitando erros ou posturas inadequadas, por exemplo. Mas até isso se torna mais simples e rápido.
Transformação digital mais ágil
No mundo digital atual, a transformação é uma constante. O desenvolvimento de soluções baseado na filosofia Low Code/No Code elimina a maior parte da complexidade de criação e testes de novas aplicações.
E a complexidade reduzida significa mais facilidade para inovar e acompanhar os movimentos do mercado.
Chatbots e No Code: um casamento ideal
Os chatbots estão tornando mais ágil e eficiente a comunicação entre empresas, colaboradores e clientes. De acordo com a Gartner, estima-se que, até 2020, cerca de 85% dos serviços de atendimento ao cliente sejam realizados virtualmente.
No entanto, esses “assistentes virtuais” só são realmente úteis quando fornecem uma excelente experiência aos usuários. Isso significa uma interação cada vez menos “robotizada”, mais natural e prática. Também significa mecânicas mais alinhadas com o posicionamento estratégico do negócio.
É aí que a filosofia No Code pode ajudar. Com plataformas que exigem pouco ou nenhum conhecimento técnico, pessoas dos mais variados departamentos das empresas podem colaborar para o aprimoramento dos chatbots usados pela empresa. Em alguns casos, até mesmo os usuários podem customizar a maneira com que querem interagir com “assistentes virtuais”.
Isso pode levar campanhas de marketing e processos de atenção ao cliente, entre outros, a um patamar de maior eficiência e potencializar resultados.
Case de sucesso: multinacional de bebidas investe em chatbots para se aproximar dos consumidores
Receber os amigos e familiares para uma refeição é muito bom, porém, ser o anfitrião dessas ocasiões muitas vezes é desgastante, podendo tornar um momento prazeroso em dor.
Visando minimizar as angústias desses encontros e se aproximar de seus consumidores, uma fabricante mundial de bebidas solicitou à MJV uma solução que facilitasse o encontro de pessoas através das refeições, ocasiões nas quais as bebidas são mais consumidas.
Validação de hipóteses
Tendo como referência um site gastronômico internacional, a missão da MJV foi desenvolver uma solução para as dores de ser anfitrião.
A partir de técnicas da Metodologia Lean, foram desenvolvidos três sprints nos quais foram construídas, mensuradas e validadas algumas hipóteses.
O primeiro sprint, deu origem à jornada do receber e as personas que recebem, ou seja, a ordem de ações realizadas por um anfitrião para receber pessoas em casa, e os perfis de pessoas que costumam ser os anfitriões. No segundo sprint, a equipe descobriu quais eram as dores de cada persona e sua população.
Os dados coletados nessas duas primeiras etapas originaram ideias que levaram ao terceiro e último sprint, no qual foram criados protótipos a serem testados.
Inteligência Artificial que humaniza
O primeiro protótipo testado foi um chatbot, que funcionaria como um assistente pessoal auxiliando o anfitrião a realizar o seu evento.
Além do chatbot, também foi testado o tipo de diálogo a ser usado na interação e o “call to action”, funções que levam o usuário a realizar alguma ação.
A partir dos protótipos, o time da MJV chegou no mínimo produto viável (MVP – Minimum Viable Product) no tempo recorde de sete semanas. Este tempo foi inédito para o cliente e viabilizou que o MVP, uma versão simplificada do produto, fosse testada em uma época de alto apelo comercial para o fabricante.
Após o time da MJV testar com sucesso o MVP, as etapas seguintes envolvem realizar o teste das ideias ainda não prototipadas, e desenvolver e implementar a versão 1.0 do chatbot, que contará com Inteligência Artificial para auxiliar as pessoas na jornada de ser anfitrião em diversas ocasiões.
Que tal, você entendeu como o Movimento Low Code/No Code está revolucionando o desenvolvimento de aplicações tecnológicas?
Veja agora uma apresentação do chatbot criado pela MJV!
Voltar