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Modelos mentais aplicados à gestão de projetos

Você quer entender como os mapas mentais podem ser utilizados para a gestão de projetos? Então veio ao lugar certo. Acompanhe o post que preparamos para você!


Que a gestão de projetos é fator crítico de sucesso no mundo dos negócios, não há o que discordar. Para os profissionais gestores que atuam diretamente nessa função e que necessitam estar em sintonia com os desafios que se apresentam, o uso de modelos mentais pode lhes dar uma perspectiva diferenciada na resolução de problemas e nos relacionamentos com as partes interessadas em um projeto.

Definir modelos mentais pode nos levar a diferentes cenários, pois os mesmos são formados pelas nossas experiências e histórias no decorrer de nossas vidas, e são esses cenários que moldam a maneira como vemos o mundo e nele agimos. Aqui, em foco, o mundo corporativo.

Há dois elementos fundamentais que constituem parte de nossos modelos mentais: a cognição, que representa o conhecimento, a atenção e o raciocínio, e a percepção, que é o ato de perceber situações, oportunidades e ameaças. Ambos são elementos essenciais e ferramentas de grande potencial quando construímos relacionamentos e planejamos projetos.

Peter Senge, em seu livro “A Quinta Disciplina”, coloca os modelos mentais como uma das disciplinas essenciais, e corrobora a assertiva de que as pessoas, embora não se comportem de forma coerente com o que dizem, se comportam de forma coerente com suas teorias em uso, isto é, seus modelos mentais. Ele afirma ainda que os modelos mentais afetam fortemente o que fazemos, porque afetam e o que de fato vemos.

Projeto exige disciplina

Um projeto, de qualquer natureza, tem seu ciclo de vida muito bem definido, e pela perspectiva como o vemos podemos influenciar na forma como o planejamos.

Justamente por ter uma disciplina rígida que, muitas vezes, exige a aplicação de uma metodologia, entendemos que devemos pensar projetos de forma cartesiana, linear, limitando-se a técnicas e conceitos. Mas as relações que os projetos exigem colocam em foco uma outra forma de pensar: o pensamento sistêmico. Este, por teoria, simboliza que o conjunto das partes relacionadas representa mais que o todo, e isso justifica-se pelo fato de que inserem-se aí as interações entre as partes, que não são elementos de nenhuma das partes específicas.

Outro ponto extramente crítico que muitas vezes representa fonte de desgaste em projetos é a gestão de relacionamento, seja com equipes, fornecedores ou stakeholders. Relacionamentos exigem interação e se baseiam em pessoas, que possuem comportamentos, cultura, gostos e hábitos que distinguem-se entre elas.

Entra em pauta a dialética, um método de pensamento que propõe a união de contrários, a unidade na diversidade, a multiplicidade de linguagem e de ideias e a constante transformação. É fato que pessoas com modelos mentais diferentes podem observar um mesmo evento e descrevê-lo de forma totalmente diferente. Isso porque elas veem detalhes diferentes. São nessas formas distintas de pensar e analisar cenários, em equipe, que surgem os verdadeiros “insights”, que, hoje, são objeto de práticas de gestão moderna como o Design Thinking.

Mesmo com toda a atenção contínua que exercemos na condução dos projetos, em todos os seus aspectos, muitas vezes eles são repensados e traduzidos em mudanças que podem, por vezes, comprometer o todo. Nessas horas, precisamos utilizar o pensamento complexo, colocar à frente a necessidade de olhar além do óbvio, pensar adiante, trabalhar com incertezas e, principalmente, riscos. Estes, junto com as mudanças, representam a única certeza em projetos.

Abstrair torna-se a palavra chave

Aplicar mapas mentais pode facilitar a forma de visualizar contextos e situações complexas, além de facilitar a comunicação em um mundo onde a velocidade e volume de informação são cada vez mais intensos, mesmo que restrito ao ambiente corporativo.

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