Inteligência Artificial e Chatbot: ensinando a máquina a pensar
Entenda o que é Inteligência Artificial para chatbot, por que não é a mesma coisa que Machine Learning, quais as tecnologias de chatbot disponíveis e tendências desse novo mercado.
Mesmo que você não perceba, cada vez mais a Inteligência Artificial está presente em sua rotina. Smartphones, carros com sensores de estacionamento, bancos, restaurantes, call centers. E a inteligência artificial e chatbot, o que esperar dessa combinação?
Essa área da computação utiliza métodos e dispositivos computacionais para fazer com que a máquina “aprenda” a usar a capacidade racional do ser humano. Não é coisa de filme do futuro: as máquinas realmente podem aprender através de experiências.
Surfando na onda do machine learning, o casamento entre Inteligência Artificial e chatbot será uma tendência cada vez mais forte para proporcionar melhores experiências para os usuários e trazer soluções de valor para empresas.
Seguindo a série sobre bots, a MJV traz mais um artigo para você entender melhor o assunto do momento.
Mas o que é Inteligência Artificial?
A Inteligência Artificial nada mais é que a habilidade de um computador de executar funções como um ser humano faria. Esse processo inclui algumas etapas, como capacidade de raciocínio, aprendizado e reconhecimento de padrões.
O conceito de Inteligência Artificial surgiu há muito tempo. Alguns acreditam que pode ter sido idealizada na época dos filósofos gregos. Porém, seu avanço aconteceu no século XIX – com o matemático inglês Alan Turing e suas máquinas, inclusive.
Machine Learning x Inteligência Artificial
Existe uma confusão entre o conceito de Inteligência Artificial e Machine Learning, mas estes não são a mesma coisa.
A aprendizagem de máquina é um recurso da Inteligência Artificial e caracteriza-se como um método de análise de dados e padrões que automatiza a construção de modelos aperfeiçoados.
É o Machine Learning que vai permitir que a máquina tome decisões e se torne capaz de fazer previsões baseadas em algoritmos. É classificado como aprendizado supervisionado, não supervisionado e por reforço. Pode-se dizer que se trata de um novo paradigma de programação, pois é um sistema treinado ao invés de programado (como a computação tradicional).
Conceitos de IA
Intenção
É o que o usuário quer dizer com a mensagem que enviou para o bot, a ideia principal de uma frase. É através das intenções que conseguimos entender as ações que o cliente deseja executar. No contexto dos chatbots, as intenções são caracterizadas por verbos.
Exemplo: na frase “Quero baixar um ebook”, a intenção seria a palavra “baixar”.
Entidade
É sobre o que a intenção se refere, ou seja, são os parâmetros importantes para as ações que o usuário quer executar. As entidades completam o sentido das intenções. No contexto dos chatbots, geralmente as entidades são caracterizadas por substantivos, adjetivos, serviços e produtos que fazem parte do negócio do cliente.
Exemplo: na frase “Quero baixar um ebook”, a entidade seria a palavra “ebook”.
NLP ou PLN
A sigla em inglês para Neuro-Linguistic Programming (NLP) quer dizer Processamento de Linguagem Natural (PLN). Essa é uma subárea da inteligência artificial que estuda a capacidade e as limitações de uma máquina em entender a linguagem dos seres humanos. O objetivo do PLN é dar à máquina subsídios suficientes para que ela tenha a capacidade de entender e compor textos. Ou seja, é o que possibilita a interação entre o homem e a máquina.
Quais são as tecnologias disponíveis?
Watson
A robusta Inteligência Artificial da IBM é uma plataforma de serviços cognitivos voltada para negócios. O objetivo da IBM ao criar o Watson foi ajudar profissionais e empresas a construírem seus próprios sistemas cognitivos e, assim, melhorar processos e serviços. Uma das possibilidades de utilização da IA do Watson é o atendimento ao cliente através dos chatbots.
LUIS
O LUIS, da Microsoft, é um serviço baseado em machine learning, que cria compreensão de idioma natural não somente em chatbots, como em aplicativos e dispositivos IoT. Com o LUIS é possível utilizar o reconhecimento de voz e criar um chatbot ainda mais sofisticado.
DialogFlow
A Inteligência Artificial da Google é, na verdade, mais que uma ferramenta. É uma plataforma de desenvolvimento completa criada para criar e implantar interfaces de conversação em sites, aplicativos e dispositivos IoT. Com vinte idiomas compatíveis, permite interações naturais entre usuários e empresas através da criação de chatbots.
Quais são as tendências para o futuro?
Em nossa série de chatbots já mostramos como essa ferramenta pode entregar valor para as corporações levando em consideração a mudança de paradigma do relacionamento com o cliente.
Porém, nem sempre os chatbots possuem uma Inteligência Artificial por trás. Em alguns casos, os bots utilizam apenas um bom fluxo conversacional.
A forma que os humanos interagem entre si depende de diversos fatores. Quando pensamos em linguagem – seja escrita ou falada – é preciso levar considerar a cultura, os regionalismos, os contextos, as gírias e diversos outros parâmetros praticamente imprevisíveis. É aí que acontece a mágica da Inteligência Artificial.
Um chatbot que utiliza IA por trás será capaz de aprender não só com os inputs dos desenvolvedores e com seu fluxo de design conversation, mas principalmente com as interações dos usuários.
Quanto mais ele conversar com seus clientes, mais ele chegará próximo de uma conversa humana.
Podendo chegar até a criar textos com tanta qualidade e convincentes ao ponto de serem usados para gerar notícias falsas e enganar internautas – como é o caso do sistema GPT-2.
No Estados Unidos, os cientistas da ONG OpenAI afirmaram será necessário lançar esse sistema de previsão de linguagem em uma versão reduzida.
A preocupação deles é porque o GPT-2 é bom demais no que faz. Sua IA absorveu dados de oito milhões de páginas da web para desempenhar sua tarefa com maestria: prever a próxima palavra, considerando todas as palavras anteriores em algum texto.
Homem ou máquina?
Ultimamente conseguimos ver a Inteligência Artificial aplicada em larga escala na Ciência, na Medicina, nas corporações e até mesmo no nosso dia a dia. E isso é só o começo. A tendência é que, cada vez mais, as máquinas sejam capazes de pensar e até agir como os seres humanos.
Se hoje temos dificuldade para distinguir um robô de um humano durante uma conversa, imagine quando eles estiverem mais treinados e aperfeiçoados. Além de útil, a Inteligência Artificial – assim como seus chatbots – torna-se cada vez mais impressionante.
Para saber mais sobre como um chatbot pode contribuir para as corporações, leia o blog post “5 principais benefícios de um chatbot para a sua empresa”. E se já tiver utilizado ou criado um chatbot, deixe seu comentário sobre o assunto!
Voltar