Índice de Sustentabilidade Empresarial: prepare-se para a economia sustentável
Estimular a adoção de boas práticas de responsabilidade social e ambiental é um dos objetivos do índice de sustentabilidade empresarial. Saiba o porquê esse indicador é tão importante!
Não são poucas as iniciativas que surgiram nos últimos anos para incentivar o comprometimento das empresas com o desenvolvimento sustentável. Entre elas, o Índice de Sustentabilidade Empresarial segue sendo um dos mais importantes.
Não é por acaso: já foi o tempo em que ser sustentável era visto como um diferencial competitivo. Atualmente, adotar boas práticas nesta frente é obrigatório para qualquer negócio que queira sobreviver.
Independente do seu setor de atuação, estar preparado para mergulhar de cabeça nessa nova economia é fundamental. E para ajudá-lo nesta missão, reunimos aqui as informações mais importantes sobre o ISE. Acompanhe!
O que é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)?
O Índice de Sustentabilidade Empresarial não é exatamente uma novidade: ele existe desde 2005, quando foi criado pela B3 (a bolsa de valores oficial do Brasil) – daí a sigla ISE B3, pela qual também é conhecido.
Segundo a própria definição da bolsa, o objetivo do ISE é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas que são selecionadas pelo seu comprometimento com a sustentabilidade empresarial.
Dessa forma, ele vem para apoiar os investidores na tomada de decisão de investimento e induzir as empresas a adotarem as melhores práticas de ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês).
E ah, quando dissemos que o ISE é uma das iniciativas mais importantes nesta frente, não exageramos: além de ser pioneiro na América Latina, ele também é o quarto índice de sustentabilidade no mundo!
Quais objetivos do ISE?
Como explicamos acima, um dos principais objetivos do Índice de Sustentabilidade Ambiental é estimular a adoção de boas práticas de responsabilidade social e ambiental entre as empresas listadas na bolsa.
Na prática, isso também significa:
- Criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade;;
- Ampliar as informações sobre as organizações que estão verdadeiramente comprometidas com essa temática;
- Diferenciar essas mesmas empresas em questões como qualidade, transparência e nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Quais os principais critérios para integrar o ISE?
Agora que você já sabe o que é o ISE, chegou o momento de entender quais são os critérios levados em consideração durante a seleção das empresas que o compõem.
Basicamente, o atual questionário do Índice de Sustentabilidade Empresarial está organizado em cinco dimensões principais. Abaixo, explicaremos cada uma delas:
1. Capital Humano: leva em consideração desde questões como práticas trabalhistas e saúde e segurança do trabalhador até engajamento, diversidade e inclusão dos funcionários.
2. Governança Corporativa: envolve os fundamentos de gestão da sustentabilidade empresarial de forma geral, além de gestão de riscos, ética nos negócios e manutenção do ambiente competitivo.
3. Alta Gestão: caminha lado a lado com a governança corporativa e está atrelada, também, com o engajamento das lideranças com a sustentabilidade, diversidade no conselho de Administração, qualidade da alta gestão, entre outros pontos.
4. Modelo de Negócio e Inovação: aborda temas que demonstram a capacidade das organizações para gerenciar riscos e oportunidades associados à incorporação de transições sociais, ambientais e políticas no planejamento de modelo de negócios de longo prazo.
5. Capital Social e Meio Ambiente: por último, o ISE também avalia questões como direitos humanos e relações com a comunidade, investimento social privado e cidadania corporativa, acessibilidade técnica e econômica, bem-estar dos clientes, segurança de dados, práticas de gestão ambiental, impactos ecológicos, gerenciamento de energia, qualidade do ar, gestão de resíduos, entre outros.
Para mais informações sobre os critérios de seleção, recomendamos a leitura do documento “Questionário ISE B3 – Visão Geral 2022”.
Que empresas compõem o ISE B3?
Em dezembro de 2021, a B3 anunciou a 17ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial, que entrou em vigor no dia 3 de janeiro e vai até o dia 30 de dezembro de 2022.
A carteira em questão reúne 48 companhias, pertencentes a 27 setores. Juntas, essas companhias somam R$ 1,74 trilhão em valor de mercado, ou seja, 38,26% do total do valor de mercado das companhias com ações negociadas na B3.
Confira, abaixo, a lista completa das empresas abaixo.
AES Brasil Energia | Americanas S.A. | Ambipar | Arezzo | Azul | Bradesco |
Banco do Brasil | BTG Pactual | Braskem | BRF | CCR | Cemig |
Cia Brasileira de Distribuição | Cielo | Copel | Cosan | CPFL | Dexco |
Ecorodovias | EDP | Eletrobrás | Engie | Fleury | Iochpe Maxion |
Itaú Unibanco | Itausa | Klabin | Light | Lojas Renner | M Dias Branco |
Magazine Luiza | Marfrig | Minerva | Movida | MRV | Natura |
Neoenergia | Raia Drogasil | Rumo | Santander | Simpar | Sul America |
Suzano | Telefônica | Tim | Via | Vibra | Weg |
Quer saber o que essas empresas têm em comum? Construção de marca, posicionamento, propósito e valores. Tudo isso significa negócios. Ou melhor, valor para o negócio.
Por que a sustentabilidade é uma demanda do mercado?
Como você acompanhou até aqui, o Índice de Sustentabilidade Empresarial nada mais é do que uma ferramenta que indica aos investidores quais empresas estão de acordo com as melhores práticas de ESG do mercado.
A partir disso, já dá para começar a entender o porquê dessa ser uma demanda importante para as corporações que buscam se destacar no mercado: ela vem diretamente dos próprios investidores!
Boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa têm provocado um movimento de mudança nas empresas ao redor do mundo – movimento, esse, que traz um novo entendimento sobre desenvolvimento econômico.
Já sabemos, por exemplo, que não se pode mais dissociar desenvolvimento econômico eficaz, do bem-estar da sociedade da e preservação dos ecossistemas e recursos naturais.
E é nas empresas que respeitam, investem e acreditam nisso que os investidores vão escolher para depositar seus montantes.
E para quem acha que estamos falando de empresas ecológicas, ONGs e investidores naturebas que abraçam árvores, é preciso apagar esse estereótipo da sua cabeça.
A COP26 é prova contundente disso, já que o evento foi marcado pelo anúncio de acordos financeiros públicos e privados, entre grandes instituições financeiras do mundo todo, que estão em busca da redução do aquecimento global e outras iniciativas sustentáveis.
Imaginamos que a pergunta que dá nome a esse tópico, a essa altura, já tenha sido esclarecida, né? Aliás, muito provavelmente, ela tenha atiçado ainda mais a sua vontade de seguir aprendendo sobre o assunto.
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