Compartilhar:

Categorias:

4 min read

Fases do Design Thinking: entenda o que é e como funciona cada etapa

O Design Thinking é utilizado para identificar e abordar problemas. Faz isso em etapas. Você conhece exatamente como funciona cada uma delas e suas principais ferramentas?


Você já reparou de perto um novelo de lã? No tricot, o emaranhado de fios vai sendo desenrolado e, aos poucos, dá lugar a peças específicas. O processo do DT é semelhante. Pense nele como uma linha que começa bastante confusa. À medida que as fases do Design Thinking evoluem, o conhecimento aumenta e a solução torna-se palpável.

Essa é uma das representações para entender o processo do DT, chama-se Fuzzy Front End. Inclusive é o recurso visual que estampa a capa do livro Design Thinking Inovação em negócios.

Dessa forma, o DT auxilia as empresas a resolver problemas complexos, em diferentes áreas. Mas tudo isso em etapas, conhecidas como as fases do Design Thinking.

A seguir, vamos mostrar como funcionam as 4 fases do DT. Confira!

As 4 fases do Design Thinking

Em uma tradução literal, Design Thinking refere-se à maneira do designer pensar, um tipo de raciocínio “fora da caixa”. 

Uma das máximas é que não podemos resolver um problema com o mesmo pensamento que o originou.

Para o designer, tudo aquilo que prejudica ou impede a experiência e bem-estar na vida das pessoas é considerado um problema. 

Isso faz com que sua principal tarefa seja mapear problemas e encontrar soluções, identificando as causas e as consequências das dificuldades encontradas.

E ele faz isso por meio de fases introdutórias no processo de Design Thinking, são elas:

  • Imersão;
  • Análise e Síntese;
  • Ideação;
  • Prototipação.

Conheça o que faz cada uma dessas etapas, suas principais características e ferramentas!

Leia também: Double diamond: o que é, principais etapas e como aplicar na sua empresa.

Imersão: mergulhe no problema

É nessa fase que os designers se aproximam do problema. Aqui, a equipe começa a entender as implicações do desafio e o estuda tanto do ponto de vista da empresa quanto do usuário final. 

Existem duas etapas de Imersão

  1. Imersão Preliminar;
  2. Imersão em Profundidade.

A fase preliminar acontece antes mesmo do kick-off do projeto. Serve para que a equipe tenha o primeiro contato com o problema e conheça o assunto. 

Algumas ferramentas utilizadas nesse momento são:

A etapa de Imersão em Profundidade é o momento que o designer descobre como as pessoas agem, o que pensam e como se sentem. 

Para atingir esse objetivo, são utilizadas as seguintes ferramentas:

  • Entrevistas;
  • Cadernos de sensibilização;
  • Sessões generativas;
  • Técnica de sombra.

Análise: conheça o cenário

A etapa seguinte é a Análise, momento de sintetizar as informações coletadas para a geração de insights. 

Posteriormente, esses insights são organizados para identificarmos padrões, possibilitando a compreensão do problema em sua essência.

É justamente na fase de Análise que o designer consegue entender com clareza em qual cenário os stakeholders estão envolvidos, o que será fundamental para a etapa seguinte: a Ideação.

Confira algumas técnicas utilizadas nesse processo:

Ideação: pense fora da caixa

A Ideação é a fase em que as ideias são apresentadas sem nenhum julgamento. É o momento de pensar fora da caixa e propor soluções para o problema.

Para isso, utilizam-se práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda na geração de soluções que estejam de acordo com o contexto trabalhado. Não há limite de ideias nesta fase. 

É muito aconselhável que haja variedade de perfis das pessoas envolvidas, incluindo as partes beneficiadas com as soluções propostas.

Conheça algumas técnicas que você pode utilizar nesse momento:

Prototipagem: tire a ideia do papel

Prototipar é tangibilizar uma ideia, é a passagem do abstrato para o físico de forma a representar a realidade – mesmo que simplificada ainda – e propiciar validações.

Portanto, a prototipagem é a fase de validação das ideias geradas. É a hora de aparar as arestas, ver o que se encaixa no projeto, juntar propostas e colocar a mão na massa. 

Com o protótipo em mãos, é possível testar o produto junto ao usuário, refinar e melhorar até que se transforme em uma solução que realmente esteja alinhada às necessidades e possa gerar lucro.

Apesar de ser apresentada como fase final, a prototipação pode acontecer em paralelo às outras fases. 

Conforme as ideias forem surgindo elas podem ser prototipadas, testadas e, em vários casos, até implementadas.

Nessa etapa, as ferramentas mais importantes são:

O potencial das etapas do Design Thinking

Perceba que não existe uma hierarquia entre as etapas e que elas não seguem uma ordem cronológica. 

Todas estão interligadas e podem acontecer simultaneamente. Isso se dá porque somos capazes de aprender algo novo a todo instante.

Problemas de usabilidade de um protótipo podem nos revelar algo sobre o usuário, por exemplo. Por outro lado, uma ideia nova pode trazer um olhar diferenciado sobre o problema, que precisa ser analisado.

O Design Thinking é, portanto, um trabalho de aprendizado constante. 

A proposta é fazer com que as empresas deixem de ser reféns dos obstáculos e passem a agir de forma proativa. Essa é a força-motriz da inovação.

E se você quer se aprofundar ainda mais nas etapas do DT, baixe o livro Design Thinking: Inovação em Negócios, que é referência na metodologia e campeão de downloads da MJV.

Voltar