Descarbonização: o que é, desafios e oportunidades
A descarbonização tem o objetivo de diminuir o lançamento de gás carbônico na atmosfera, por meio da utilização da energia renovável. Conheça agora os benefícios de adotar essa técnica sustentável!
Desde que os combustíveis fósseis foram descobertos, o mundo mudou e chegamos ao que conhecemos hoje. Porém, o uso desses recursos prejudicou o planeta em larga escala, como uma faca de dois gumes: progresso em detrimento do meio ambiente. Pensar na descarbonização se tornou urgente!
Ao longo do tempo, a sustentabilidade ganhou força e trouxe à tona a descarbonização, um processo ecologicamente correto que pretende reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
Mas algumas questões podem aparecer quando pensamos em mudar hábitos que, muitas vezes, são maléficos ao planeta. Quer entender o que é a descarbonização e como colocá-la em prática? Continue lendo o artigo!
O que é a descarbonização?
Em linhas gerais, descarbonizar significa diminuir a emissão de gases oriundos de combustíveis fósseis no meio ambiente, ao longo do tempo.
Exemplos próximos desses tipos de combustíveis são o carvão e o petróleo, usados em larga escala por diversos setores, como o petrolífero.
A temperatura do planeta é afetada diretamente por esses gases porque, ao serem lançados, são os responsáveis pelos buracos na camada de ozônio – além do gás carbônico alterar a composição do ar.
Ou seja, o gás carbônico é um dos principais causadores do efeito estufa e, consequentemente, pelas mudanças no aquecimento global.
A descarbonização passa por um processo chamado de transição energética, na qual, além de mudar estruturalmente a forma como os gases são emitidos, a economia também sofre alterações na maneira como é gerada: só poderá ser produzido aquilo que o planeta conseguir suportar.
→ Leia também: Transição energética: o que é e como ser mais sustentável?
Quais os benefícios da descarbonização?
A descarbonização pode ser feita tanto por pessoas quanto por empresas e, em ambos os casos, as vantagens do investimento em energia sustentável são surpreendentes.
Confira alguns benefícios que a descarbonização pode trazer:
- A longo prazo, é o método que mais vai reduzir gastos com energias;
- Para as empresas, estar atrelada a práticas ESG é um ganho tanto para o valor quanto para posicionamento de marca porque tornou-se uma forma de se colocar no mercado, de forma consciente e verde;
- Organizações alinhadas ao propósito sustentável, em diversas partes do mundo, podem receber incentivos fiscais e isenção de impostos;
- Ajuda no desenvolvimento de práticas sustentáveis na economia;
- Por último, e não menos importante, colabora com a sociedade e o meio ambiente.
O que fazer para colocar em prática?
Antes de qualquer atitude, até mesmo da implementação da energia limpa, é importante entender que a principal estratégia para a descarbonização é minimizar o desperdício de matéria-prima.
A equação é simples: quanto maior o desperdício, maior o gasto desnecessário de recursos naturais.
E ainda podemos tangenciar mais, aplicando o risco que um desperdício qualquer pode causar à sustentabilidade: o descarte desnecessário de uma lâmina desencadeia a produção de mais materiais; fabricação esta que utiliza métodos que emitem bastante gás carbônico na atmosfera.
Já que estamos falando em maquinaria industrial, outro ponto de atenção é o uso de novas tecnologias, menos poluentes e mais eficientes, em processos de larga escala. Máquinas recentes evitam desperdícios e trazem um excelente custo-benefício.
Utilizar energia proveniente de uma fonte renovável, como a solar, é a etapa fundamental do processo de descarbonização.
Produções em larga escala que usam, por exemplo, essa fonte energética, reduzem as emissões carbono no planeta e tornam o processo mais limpo. É bom tanto para sua empresa quanto para a sociedade.
Vale ressaltar também que a conscientização coletiva para a adoção de energia limpa é essencial para que a descarbonização atinja níveis ainda maiores, no futuro.
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Quais os desafios da descarbonização?
Embora a descarbonização traga inúmeros benefícios, há muitas questões que a cercam e não há uma única resposta para resumir o motivo pelo qual ela ainda não é utilizada em grande escala.
Um dos grandes obstáculos da descarbonização é o tempo! Historicamente, alterações no perfil da matriz energética levam mais de 50 anos.
E o processo precisa acontecer em um espaço de 30 anos para conseguirmos limitar as emissões de gases do efeito estufa em conformidade com o Acordo de Paris.
Além disso, a descarbonização está associada à transição energética e insere alguns entraves ao sistema existente, demandando regras e incentivos novos e coerentes para responder a essas novas perspectivas.
Um outro ponto é fazer a integração dos diversos sistemas descentralizados, de tal modo que se garanta a segurança energética e evite perdas econômicas durante essa transformação.
Grande parte das medidas de descarbonização envolve a eletrificação de diversos setores e, para atender a essa nova demanda, a eletricidade precisa expandir sua presença na matriz energética.
Mas essa expansão deve ser pautada em fontes renováveis e tecnologias eficientes de armazenamento.
E, nos setores difíceis de eletrificar, as apostas estão focadas em tecnologias ainda incipientes, como o hidrogênio renovável e os biocombustíveis avançados.
Apesar de todos os desafios citados acima, uma coisa podemos afirmar: não existe solução única na estratégia de descarbonização dos diversos setores.
Mas sim uma combinação de tecnologias e estratégias, que deve ser apoiada por políticas oportunas, eficazes e precisas.
Iniciativas que estão impulsionando a descarbonização
Em 2015, o Acordo de Paris determinou que os principais países, até 2025, atingissem o pico de emissão de gases. A partir de então, a missão é que os índices caiam até limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, antes da grande expansão das fábricas.
Mais de meia década se passou e as notícias são animadoras: boa parte dos setores, em especial os da iniciativa privada, está cumprindo o acordado.
Desde então, foi criado o Net Zero, que visa reduzir drasticamente o lançamento de carbono no meio ambiente, até 2050, e compensar as emissões indiretas, entendidas como a cadeia produtiva envolvida nas atividades do emissor. Neste ponto, incluem-se terceirizados, clientes e fornecedores.
Ressaltamos ainda o importante papel desempenhado por governos ao redor do mundo por isentar impostos e adotar políticas de incentivos fiscais a empresas alinhadas ao desenvolvimento sustentável.
A principal iniciativa que podemos citar, em âmbito nacional, é a de apoiar companhias a zerar a emissão de carbono por meio do selo “Carbono Zero”, que também tem como intuito promover o reflorestamento de áreas desmatadas.
Uma das empresas que firmou compromisso com a Net Zero foi a JBS. Há mais de dez anos, a empresa monitora toda a sua cadeia produtiva, principalmente os fornecedores, para que possa se tornar cada vez mais uma aliada à agenda socioambiental.
Lá fora, no Reino Unido, criaram o programa “Business Climate Leaders”, cujo propósito é reduzir o máximo que puder as emissões de CO2 na atmosfera pelas pequenas empresas, pelo menos até 2030.
Conclusão
Para que possamos avançar enquanto sociedade, é necessário pensar de uma forma que dialogue e contribua com a manutenção do meio ambiente.
Apesar de não ser um termo tão conhecido, a descarbonização tem tomado espaço principalmente depois da convenção das práticas ESG, método que posiciona as empresas perante a compromissos socioambientais.
Em pouco tempo, essa pauta será ainda mais comum seja na vida das pessoas, seja no mundo corporativo.
A chave para efetuar essa mudança está na conscientização. Portanto, devemos ter em mente que a descarbonização garante estabilidade, eficiência e economia, além de cuidar do planeta e assegurar a manutenção sustentável das indústrias.
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