Desafios do varejo: como aumentar a fluidez operacional
As grandes empresas do varejo lidam diariamente com diversos desafios operacionais. A logística complexa envolve diversas tecnologias e fluxos. Cada um desses fluxos interfere diretamente na experiência dos usuários internos e externos, afetando todo o negócio.
Por isso, aplicar inovação para melhorar a fluidez operacional é não só um jeito de ganhar diferencial no mercado, como também de aumentar rendimento e a organização geral na operação como um todo.
Nessa postagem vamos mostrar como o Design Thinking e seu processo de inovação estruturado pode ser a chave para renovar positivamente suas operações de estoque, relacionamento e vendas. Vamos lá?
Em uma grande empresa de varejo com diversos depósitos, é sempre bom começar olhando a operação no estoque. Há aí pelo menos cinco temas que podem ser avaliados:
– Como é a organização desses estoques?
– Como são as etiquetas (é um veículo de dados sobre o produto)?
– Como são digitalizadas as informações relevantes?
– Como os colaboradores lidam com essas técnicas e como funciona seu fluxo de trabalho?
– Como isso interfere na alocação de tempo dos colaboradores e nos resultados finais de entrega?
Foi identificado, por exemplo, em um determinado negócio de varejo brasileiro, uma enorme oportunidade de melhorias no etiquetamento dos produtos armazenados.
Sobre etiquetas: como melhorar sua produção
Muitas vezes, a falta de padronização de etiquetas retira do negócio um poder de simplificação do conjunto de informações que elas geram, seja para atualizar mudanças, seja para reunir e analisar informações dos produtos, seja para controle interno.
Para uma operação mais rápida, espera-se que as etiquetas sejam pensadas e padronizadas de forma eficiente e personalizada, pensando nos dados que geram, no manuseio, nos clusters ou categorias necessárias, e mais.
Às vezes, há diversas etiquetas para um produto, o que dificulta a mudança de preços, além disso esse processo de mudança de preços muitas vezes torna-se um tanto trabalhoso, às vezes feito à mão.
Outra questão é que determinados tipos de código de produto podem não permitir a “interpretação humana”, pois seguem uma numeração sequencial independente do tipo de produto, setor ou linha.
Em nossos trabalhos nesse sentido, identificamos casos de desperdício no processo de impressão de etiquetas, que necessitavam de uma folha inteira para a impressão de apenas uma unidade.
Outro problema comum é a falta de unidade entre filiais. Vamos então a algumas oportunidades e soluções criados.
Oportunidades e soluções
Levando em conta as necessidades de cada negócio, o Design Thinking vai estudar o dia a dia e mapear todo o fluxo da operação. Dessa forma, obtêm-se relatos e são observados em diversas esferas os gargalos e as necessidades específicas da empresa.
Repensar etiquetas de acordo com a necessidade dos usuários pode levar a soluções simples, como:
– A leitura das etiquetas ser tanto automatizada quanto humana, auxiliando quem lida com as mercadorias e os materiais. Lembrando que neste caso, isso funciona com base em muita exatidão para não criar mais brechas no sistema. O rigor é sempre uma palavra de ordem.
– A facilitação da leitura pelas máquinas.
– Acrescentar informações para adicionar granularidade sobre cada instância do produto físico.
Outras oportunidades
– Gamificar processo para estimular a atividade dos colaboradores que lidam com tarefas repetitivas e mecânicas.
– Inovar a organização dos espaços para que sejam estimulantes à organização.
– Criar regras gerais para o layout do estoque que se encaixem a todas as filiais.
– Criação de personas da loja, para humanizar o processo. Se você ainda não leu aqui em nosso Blog o que são personas, vá até este post.
Estudando o negócio de dentro pra fora
Bem, após estudar as aplicações escolhidas pela empresa e suas interações com os usuários internos, com o mapeamento do processo, seus principais personagens e gargalos, chega a hora de olhar os seus efeitos. Três focos importantes são:
– Ferramentas de Vendas
– Relacionamento com os Clientes
– Desempenhos e Resultados
Dentre os problemas na área de vendas, identificam-se técnicas que mesclam o analógico e o digital no trabalho dos vendedores. A ideia aqui é usar a tecnologia como forma de empoderamento em termos de praticidade, anulando a necessidade do uso de canetas e quaisquer ferramentas analógicas. Afinal a experiência de compra deve ser prática, prazerosa e focada no cliente. O uso de mobile é uma alternativa que pode se mostrar eficaz.
Na parte de pós-venda, identifica-se que a falta de informação sobre os clientes e a escolha/treinamento dos responsáveis por esse trabalho são nevrálgicos. As oportunidades aqui são a adoção de Big Data para entender o comportamento de consumo dos clientes, como pesquisaram a loja e qual foi o caminho que percorreram. Formas de melhorar o CRM, levando em conta que muitos clientes preferem um atendimento pessoalizado, são sempre uma fonte de inovação e melhorias hoje.
Sobre os desempenhos, uma fonte muito grande de estudos em inovação hoje são os métodos do acesso dos responsáveis pelas vendas aos seus resultados e metas. Esse painel deve estar sempre no horizonte desses profissionais que têm a responsabilidade de alavancar o seu produto. Dessa forma, toda inovação que estimulá-los a esse trabalho, será devolvida em forma de produtividade.
Fluidez Operacional: sempre caso a caso
Aqui trouxemos alguns gargalos observados ao longo de nossa expertise em termos de inovação no varejo. Como já citamos anteriormente, cada empresa possui suas particularidades e seu posicionamento específico.
O que é comum a todos os negócios da área de varejo é que todos estão em constante processo de melhorias e já possuem uma consciência a frente do mercado em relação à necessidade de proporcionar uma boa experiência de compra aos seus clientes. Sendo assim, inovar de forma planejada nunca é um esforço perdido.
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