Gamificação: como as metodologias de jogos podem estimular o aprendizado
Que o modelo tradicional de ensino precisa ser repensado e melhorado, todos sabemos. As novas gerações (a partir da Geração Y, e, com mais ênfase, a Geração Z) já não se sentem estimuladas com as metodologias tradicionais e o processo de aprendizagem, nesta realidade, se torna cansativo e infrutífero.
As novas gerações (a partir da Geração Y, e, com mais ênfase, a Geração Z) já não se sentem estimuladas com as metodologias tradicionais e o processo de aprendizagem, nesta realidade, se torna cansativo e infrutífero.
A Matemática é uma das áreas do conhecimento que mais preocupam as autoridades no Brasil. O país ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes e, segundo dados da Prova Brasil, apenas 12% dos adolescentes terminam o ensino fundamental na rede pública sabendo o suficiente.
Em contrapartida, vivemos um tempo de avanços tecnológicos e a facilidade com que criamos, compartilhamos e recebemos informações é cada vez maior. Se há 20 anos as bibliotecas detinham grande parte do conhecimento, hoje o espaço virtual leva a ciência mais longe e abre um leque de opções sem precedentes na história. Por que, então, insistimos em separar o ensino escolar dos avanços tecnológicos?
A boa notícia é que já existem iniciativas para tornar os ambientes educativos mais atrativos. Um exemplo vem da empresa americana Little Worlds Interative, que lançou um jogo de matemática chamado The Counting Kingdom (O Reino das Contas, em tradução livre) para ajudar estudantes das séries iniciais a desenvolver suas habilidades matemáticas.
O Reino das Contas é um exemplo de aplicação da Gamification (metodologias de jogos) para tornar o aprendizado mais fácil e divertido. Como a resolução de problemas matemáticos assume um forte apelo lúdico, as crianças absorvem o conteúdo ao mesmo tempo em que se engajam com a aventura.
No jogo, o aluno se coloca no papel de um aprendiz de feiticeiro que tem de defender um reino distante da invasão de monstros. Vários castelos são cercados por monstros, cada um com um número associado. O jogador tem que adicionar esses monstros para criar feitiços e poções que o livrarão deles e, com isso, salva cada castelo. À medida que o jogador avança na viagem, aumenta o desafio matemático. Ao final, se tudo der certo, ele terá salvo o reino e resolvido vários exercícios matemáticos. Não é brilhante?
Games educativos nos negócios
Da mesma forma que as escolas, as empresas também podem se beneficiar da Gamificação para treinamentos, tanto técnicos quanto para reforçar valores, ou, ainda, para diminuir os impactos de grandes mudanças.
Certa vez, a equipe de Gamification da MJV participou de um projeto de gestão de mudança numa empresa gigante da construção civil. A corporação estava passando pelo difícil processo de troca de seu sistema de gestão, o que impactaria mais de 5 mil colaboradores em diversos estados do Brasil. Então, desenvolvemos um pacote de jogos chamados ‘Jogos da Mudança’, para abordar temáticas sensíveis, que poderiam se tornar gargalos na implementação e aceitação do novo ERP. O resultado foi que a empresa não só passou pela fase de mudança com sucesso, como também melhorou outros aspectos de convivência e bem-estar de sua equipe.
As atividades gamificadas podem educar, ao mesmo tempo em que tratam de temas sensíveis, como as mudanças culturais e de processos. Elas, quando estrategicamente planejadas, auxiliam na investigação de opiniões e comportamentos, suscitam discussões e transmitem conhecimento de forma criativa e divertida.
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