Imersão Design Thinking: como funciona essa fase?
Muitas empresas têm desafios a serem superados, mas não conhecem as raízes dessas dificuldades. E aí que entra a imersão! Saiba como colocar em prática a primeira fase do Design Thinking.
Diante de um problema ou desafio a ser resolvido, qual é a primeira coisa que você faz? Entender o que está acontecendo? Classificar o que deve ser resolvido? Identificar as oportunidades? Tudo isso faz parte do processo de imersão Design Thinking.
Um projeto de Design Thinking pressupõe o levantamento de informações sobre problemas reais de um negócio, empresa ou usuário final, passando pelo entendimento da sua jornada até propor soluções tangíveis.
É aí que entra a imersão, que consiste em pesquisas de contextualização do problema, definido pelos stakeholders da empresa, coleta de dados e formulação de hipóteses.
Quer saber como a imersão no Design Thinking ocorre passo a passo? Continue lendo!
Imersão Design Thinking: o que é?
A Imersão é a primeira fase do processo de inovação guiado pelo Design Thinking. É nela que a equipe se aproxima do contexto do projeto e começa a identificar e classificar os problemas a serem resolvidos.
Nesse momento, o time fica próximo do contexto do problema, tanto do ponto de vista da empresa (o cliente) quanto do usuário final (o cliente do cliente).
Muito importante para dar o input no pensamento e nas ações dos designers, a imersão geralmente é subdividida em duas etapas: imersão preliminar e imersão em profundidade.
Vamos entender cada etapa de imersão Design Thinking a seguir, continue conosco.
Tipos de imersão
Como já adiantamos, a Imersão pode ser dividida em duas etapas: preliminar e em profundidade.
A primeira, a imersão preliminar, tem como objetivo o reenquadramento e o entendimento inicial do problema.
Já a segunda, a imersão em profundidade, destina-se à identificação de necessidades e oportunidades que irão nortear a geração de soluções na fase seguinte do projeto, a de Ideação.
Vamos compreender as especificidades de cada uma agora.
Imersão Preliminar
Muitas empresas têm desafios a serem superados, mas não sabem exatamente as raízes dessas dificuldades.
No início de um projeto, ou mesmo antes de seu pontapé inicial, uma imersão preliminar é realizada com o objetivo de conhecer os reais desafios que serão enfrentados.
Assim, quando se inicia um projeto de Design Thinking, geralmente a equipe desconhece o tema e, portanto, realiza-se uma Imersão Preliminar como forma de aproximação, até antes do kick-off do projeto.
A finalidade é definir o escopo do projeto e suas fronteiras, além de identificar os perfis de usuários e outros atores-chave que deverão ser abordados.
Nesta fase, é possível ainda levantar as áreas de interesse a serem exploradas de forma a fornecer insumos para a elaboração dos temas que serão investigados na Imersão em Profundidade.
Fazem parte da Imersão Preliminar as seguintes ferramentas:
- Reenquadramento: o exame de problemas e questões não respondidas em uma empresa, a partir de múltiplas perspectivas, permitindo a desconstrução de crenças e a quebra de padrões. Deve ser entendido ainda como o primeiro passo na geração de soluções inovadoras.
- Pesquisa exploratória: pesquisa de campo preliminar que auxilia no entendimento do contexto do assunto trabalhado e na identificação dos comportamentos estudados mais a fundo num segundo momento da imersão.
- Pesquisa desk: É a busca de informações sobre o tema do projeto em fontes diversas (websites, livros, revistas, blogs, artigos, entre outros).
Imersão em Profundidade
A imersão em profundidade consiste em um mergulho a fundo no contexto de vida dos atores e do assunto trabalhado.
Geralmente, procura-se focar no ser humano com o objetivo de levantar informações de quatro tipos:
- O que as pessoas falam?
- Como agem?
- O que pensam?
- Como se sentem?
Esta segunda etapa destina-se à identificação de necessidades e oportunidades que irão nortear a geração de soluções na fase seguinte do projeto, a Ideação.
O início consiste em elaborar um Plano de Pesquisa, incluindo protocolos de pesquisa primária, listagem dos perfis de usuários e atores-chave para recrutamento e mapeamento dos contextos que serão estudados.
Existem diversas técnicas para realizar a imersão e profundidade. Algumas delas serão detalhadas a seguir.
- Entrevistas: são particularmente úteis para obter a história por trás das experiências de vida do entrevistado. O entrevistador deve estimular o participante a explicar os porquês desses relatos para que consiga compreender o significado do que está sendo dito.
- Cadernos de sensibilização: ao contrário de uma abordagem de observação direta e presencial, esta técnica permite que o próprio usuário faça o relato de suas atividades, no contexto de seu dia a dia.
- Sessões generativas: é um encontro no qual se convida os usuários (ou atores envolvidos no tema do projeto) para que dividam suas experiências e realizem juntos atividades nas quais expõem suas visões sobre os temas do projeto.
- Um dia na vida: é uma simulação, por parte do pesquisador, da vida de uma pessoa ou situação estudada.
- Sombra: é o acompanhamento do usuário (ou outro ator do processo) ao longo de um período de tempo que inclua sua interação com o produto ou serviço que está sendo analisado.
Como começar a fase de imersão no DT?
1. Faça o alinhamento
Tudo se inicia com reuniões de alinhamento estratégico entre a equipe que conduzirá o projeto de Design Thinking e profissionais da empresa contratante, durante as quais é realizado o processo de reenquadramento.
Em paralelo, a equipe do projeto conduz uma pesquisa de campo preliminar que auxilia no entendimento do contexto do assunto trabalhado.
Assim, são identificados os comportamentos extremos que poderão ser estudados mais a fundo num segundo momento da Imersão.
2. Hora de reenquadrar o problema
Essa etapa começa com um processo de Reenquadramento no qual a equipe de projeto reúne-se com os profissionais da empresa contratante.
Isso ocorre em entrevistas individuais ou em dinâmicas coletivas, para olhar o problema sob outras perspectivas e definir as fronteiras do projeto.
3. Pesquise sempre
A equipe de projeto costuma realizar uma Pesquisa Exploratória em campo para ouvir sobre o tema de forma a criar um entendimento inicial dos usuários e atores envolvidos no contexto e auxiliar na definição dos perfis principais para serem investigados.
A ideia aqui é identificar comportamentos extremos e mapear seus padrões e necessidades latentes.
Logo, a pesquisa não pretende esgotar o conhecimento, mas ao levantar oportunidades, permite que soluções específicas sejam criadas.
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