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Big Data – 3 maneiras de criar valor no mercado imobiliário com análise de dados

As concessões de crédito imobiliário estão em queda no Brasil. De acordo com o Banco Central, após avanço na casa dos 95% de 2011 a 2013, registrou-se uma baixa de 2,2% entre os meses de junho de 2013 e 2014.


A boa notícia é que a tecnologia está ajudando o segmento a agregar valor e a driblar essa desaceleração. James O’Brien, articulista do portal Mashable, aponta algumas iniciativas em que as empresas e profissionais que trabalham com vendas de imóveis já estão se utilizando da análise inteligente de dados não estruturados (Big Data) para driblar a baixa nas procuras, analisando enormes quantidades de informações – vindas de diferentes lugares e formatos, inclusive fornecidas voluntariamente pelo público-alvo.

A seguir, veja as três frentes, apontadas por O’Brien, em que o uso estratégico do Big Data está contribuindo para melhorias no mercado imobiliário:

1 – Democratização da informação

A partir de inúmeros bancos de dados, já surgem serviços como a plataforma Zillow, criada com a proposta de “gerar mais transparência das informações do mercado imobiliário americano”. Com ela, o potencial comprador pode comparar preços e, assim, diminuir o caminho entre a pesquisa e a compra. E mais: a partir das informações coletadas dos consumidores, a ferramenta se propõe a gerar conteúdo e traçar tendências de valores em regiões específicas, oferecendo resultados por bairro ou código postal.

No Brasil, o projeto MeSegura também oferece ao consumidor de seguros (dentre eles o residencial) fácil e rápido acesso a cotações, agindo como uma ponte entre os corretores e os potenciais segurados. A mecânica da plataforma reúne os dados coletados dos usuários e os distribui entre as seguradoras cadastradas, de acordo com as preferências ou necessidades do cliente.

2 – Prospecção de acordo com o perfil comunitário

Big Data – 3 frentes em que a análise de dados cria valor no mercado imobiliário - MJV Tecnologia & Inovação

Com soluções de Big Data também é possível analisar, a partir da imensa quantidade de dados não estruturados, a evolução e o planejamento comunitário, oferecendo aos potenciais compradores imóveis que se encaixem em seus valores individuais e comunitários. Um exemplo é o projeto Hudson Yards (foto), em Manhattan, um dos endereços mais caros do mundo. Pesquisadores da Universidade de Nova York estão equipando os espaços planejados com sensores que monitoram a qualidade do ar, tráfego, uso de energia e água. Com as informações coletadas, os corretores de imóveis conseguem prospectar com propriedade, utilizando como argumentos de venda fatores como qualidade de vida, eficiência energética e sustentabilidade, entre outros pontos.

A ideia é utilizar este tipo de ação em outros empreendimentos ou até em imóveis individuais, fornecendo ao potencial cliente a chance de escolher com rapidez, de acordo com o cruzamento de inúmeras informações.

3 – Reconhecimento do potencial dos imóveis

Por outro lado, grandes imobiliárias e bancos também utilizam Big Data para entender o potencial de determinados imóveis. Eles analisam o comportamento do consumidor a partir de informações coletadas de diferentes bancos diretamente relacionados com a região, por exemplo. Com isso, se certificam de que não estão vendendo com preço aquém do que vale ou muito acima do que o mercado consegue suportar.

Acesso ao livro Design Thinking
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