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Agricultura regenerativa: entenda o conceito e seus benefícios

É possível combinar produção agrícola com a preservação da terra e do meio ambiente? Sim. E a agricultura regenerativa vai ensinar como. Confira!


Cada vez mais a sustentabilidade tem sido pauta nas grandes empresas e indústrias do mundo todo. Não é para menos: sabemos que o crescimento populacional e degradação ambiental são assuntos conectados. E é por isso que a agricultura regenerativa vem ganhando força.

No Brasil, é ainda mais importante voltarmos nosso olhar para a agricultura regenerativa. Isso porque o agronegócio é de extrema importância para a economia brasileira.

Quando uma parte do solo é erodida, se perdem insumos, mão de obra, matéria orgânica e, é claro, dinheiro! Além disso, ocasiona uma liberação de CO2 que é muito prejudicial para a atmosfera (falamos mais sobre esse assunto nesse blog post).

Se o seu negócio é o agro ou se você quer entender mais sobre iniciativas de sustentabilidade, você está no lugar certo: confira esse post e se torne um expert em agricultura regenerativa.

O que é agricultura regenerativa?

Agricultura regenerativa não é exatamente um termo novo. Na verdade, o conceito tem quase 40 anos. Foi criado em 1983 por Robert Rodale, que tinha a ideia de retornar aos princípios ainda mais antigos: da década de 1940.

Para Robert, o modo de produção orgânica foi perdendo suas características conservacionistas ao tomar grandes proporções – um movimento natural quando se produz em larga escala. 

Com isso, ele propôs uma abordagem holística com o objetivo de restabelecer os recursos naturais em áreas de grande intensidade agrícola. Basicamente, seria retornar ao modelo de pequenos agricultores, porém em grandes produções agrícolas.

A agricultura regenerativa prioriza manter ou melhorar a saúde da terra cultivada, promovendo a biodiversidade ao mesmo tempo em que produz de forma lucrativa. 

Os sistemas agrícolas regenerativos defendem que, sim, é possível produzir em pequena, média ou larga escala, mantendo o solo saudável – ou recuperando suas propriedades básicas –, preservando o meio ambiente, conservando espécies nativas e aumentando a captura de carbono e a retenção de água no solo.

Para isso, a agricultura regenerativa segue alguns princípios básicos, que vamos listar no próximo item. 

Princípios da agricultura regenerativa

A agricultura regenerativa é baseada nos princípios da agricultura orgânica, porém, ao mesmo tempo, prioriza as práticas de saúde do solo e gestão da terra que são utilizadas na agricultura moderna.

Dessa forma, é importante enfatizar que, diferente do que muitos pensam, a agricultura moderna pode – e deve! – ser regenerativa. Hoje, a agricultura regenerativa é vista como uma alternativa contundente para restabelecer os recursos naturais em áreas de grande intensidade produtiva. 

De que forma? Seguindo alguns princípios básicos, são eles:

  • Praticar a rotação de culturas ou cultivo sucessivo de mais de uma planta na mesma terra;
  • Adotar o uso de plantas de cobertura;
  • Reduzir a utilização de arado no solo;
  • Apresentar pasto para gado;
  • Manter o desenvolvimento de outras plantas;
  • Diminuir o uso de fertilizantes e defensivos (ou, se possível, não utilizar);
  • Incentivar o bem-estar animal;
  • Adotar práticas justas de trabalho para os agricultores.

Antes de seguirmos para o próximo item, queremos fazer um parêntese importante aqui. Sabemos o quanto o agronegócio vem se desenvolvendo no Brasil e já falamos aqui o quanto esse setor é fundamental para a nossa economia. 

Agricultura regenerativa: grandes empresas priorizando o meio ambiente

Se você conferiu a nossa lista de princípios acima e achou que eles representam uma realidade apenas para pequenos produtores, vamos provar o contrário.  

Acredite: grandes empresas mundiais da indústria de alimentos não só concordam, como têm adotado a agricultura regenerativa como modelo de negócio. 

Além do comprometimento com a sustentabilidade, também existe um motivo importantíssimo: a preferência crescente dos consumidores por um agro mais sustentável. 

Os clientes estão dispostos a pagar mais caro por produtos que contenham ingredientes sustentáveis, orgânicos/naturais ou que tenham sido produzidos com responsabilidade social. 

Confira alguns cases de grandes empresas que trouxeram a agricultura regenerativa para seu core business – e estão tendo muito sucesso com isso.

  • Nestlé

Sim, estamos falando da maior empresa de alimentos do mundo. Liderando a agenda de sustentabilidade no setor, a Nestlé declarou que sabe a importância que a agricultura regenerativa possui na melhoria da saúde do solo, restaurando os ciclos da água e aumentando a biodiversidade no longo prazo.

Por isso, vai investir mais de R$6 bilhões nos próximos anos para estimular práticas de agricultura regenerativa em toda a sua cadeia de fornecimento. 

E mais: visando a parceria com pequenos agricultores, a empresa também oferece prêmios financeiros para matérias-primas produzidas através das práticas de agricultura regenerativa. 

Até 2025, a Nestlé pretende que 30% de sua matéria-prima tenha como origem a agricultura regenerativa.  

  • Danone

Uma das líderes mundiais na produção de bebidas lácteas tem enfatizado cada vez mais suas práticas em relação à agricultura regenerativa, principalmente no que diz respeito ao bem-estar animal. 

Para isso, implementou o Projeto Flora, que tem como objetivo adotar integração entre pecuária e floresta. Dessa forma, ajuda a reter o carbono no solo com o plantio de árvores e aumenta o bem-estar animal.

Além de ser fundamental para seu modelo de negócios, a iniciativa também aumenta consideravelmente a produção e a qualidade de leite por conta dos melhores padrões de bem-estar animal e está em conformidade com a onda cada vez maior de consumidores que apoiam e priorizam empresas que defendem a causa animal. 

–> Leia também: Como promover a Sustentabilidade Empresarial no seu negócio

MJV e sustentabilidade: a prata da casa

Acompanhando as tendências de sustentabilidade do mercado e o movimento das empresas que precisam cada vez mais transformar seus modelos de negócio, a MJV tem trabalhando para apoiar essa transformação em grandes companhias, fazendo a ponte com pequenos produtores.

Comprometidos com questões globais de sustentabilidade, temos trabalhado cada vez mais para dar suporte prático e teórico aos nossos parceiros. Além de uma série de conteúdos em nosso blog, também temos especialistas prontos para ajudar na virada de chave para a onda verde na sua empresa. 

Uma janela para um mundo sustentável

Englobando sustentabilidade, agronegócio e consolidando a ponte entre grandes empresas e pequenos produtores, a MJV desenvolveu uma parceria com o Pro-Natura para realizar um trabalho de inclusão tecnológica na cadeia produtiva do açaí em Curralinho (município da região da Ilha do Marajó, no Pará).

O documentário foi construído a partir de um estudo de imersão na cadeia extrativista do açaí na região, priorizando os desafios de desigualdade social, informalidade, trabalho justo, inclusão digital e conservação florestal.  

O ponto central está na criação de uma ferramenta digital para dar suporte ao trabalho de extração e comercialização sustentável do açaí, atendendo aos diferentes atores que atuam nessa cadeia extremamente relevante para o estado do Pará.

A iniciativa representa um esforço das duas organizações em usar tecnologia, colaboração e inovação em prol de impacto positivo na região e nesta cadeia produtiva.

Acompanhe todo o trabalho realizado aqui e abra agora mesmo a sua janela para um mundo sustentável!

Mas se quiser aprofundar-se no mundo do agro, clique no banner abaixo e acesse nosso Report Tendências do Agronegócio.

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