Design Sprint: o que é e quais as vantagens
O Design Sprint é uma invenção da equipe de design do Google Ventures. Em síntese, é um processo dividido em cinco fases para melhorar as chances de fazer algo que as pessoas querem.
Ao final do seu Design Sprint, você vai ter um protótipo validado, um direcionamento mais claro para um produto ou solução, além de novas ideias de melhorias para o futuro.
Nesse artigo, você vai entender quais são as vantagens de utilizar essa abordagem e conhecer o passo a passo para começar a utilizá-la hoje mesmo. Acompanhe!
O que é Design Sprint
Uma Design Sprint, como o nome apresenta, mescla conceitos de design (representados, por exemplo, nas etapas de ideação e prototipagem) e agilidade (representada nas sprints, com esforço de trabalho mensurável).
As Design Sprints tem como objetivo acelerar o processo de tangibilização de uma ideia de melhoria em uma solução concreta. Consiste em uma estrutura flexível; um esforço intenso conduzido por uma pequena equipe onde os resultados definirão a direção de um produto ou serviço.
Um Design Sprint consiste em cinco fases distintas, preferencialmente empregadas em cinco dias (uma para cada dia):
- Entendimento (revise os insights do usuário e do plano de fundo);
- Esboço (desenhar soluções e debater o que é possível);
- Decisão (soluções de classificação, escolha uma);
- Prototipagem (criação de um conceito mínimo viável);
- Testes (observe o que é eficaz para os usuários).
Continue conosco, pois, mais à frente, teremos um tópico dedicado a cada uma dessas etapas.
Vantagens do Design Sprint
A incerteza é uma das maiores assassinas da produtividade, minando a confiança da equipe e atrasando projetos promissores. Para combatê-los, o Design Sprint busca validar uma ideia antes mesmo de iniciar um processo de desenvolvimento potencialmente caro.
Mas esse é apenas um dos benefícios. As Design Sprints também são ótimos para:
- desbloquear um processo de design de produto existente;
- dar início a um novo processo de design de produto e construir uma primeira versão testável de um recurso de produto principal;
- iniciar uma nova funcionalidade, projetando, prototipando e validando os recursos rapidamente antes de passar semanas no design e na construção tradicionais.
Mas talvez a principal vantagem de uma Sprint de design de produto esteja em abreviar para 40 horas semanais o processo de construção de um MVP (Minimum Viable Product).
Que resultados um cliente pode esperar de um processo de Design Sprint?
No final da Sprint, o cliente terá um protótipo validado de uma ideia, produto ou recurso (novo ou melhorado). O time também obtém mais conhecimento sobre o negócio e carrega um conjunto enriquecido de ideias para as próximas etapas.
Quando usar uma Design Sprints?
No geral, as Design Sprints são recomendadas para equipes que têm pouco tempo e necessitam testar a aderência de uma solução ao público-alvo para garantir a viabilidade do processo de desenvolvimento antes de colocá-la no mercado – seja do zero ou até a adição de uma funcionalidade a um aplicativo, por exemplo.
Há muitas maneiras de utilizar um processo de Design Sprint. O segredo está em observar em que estágio de desenvolvimento o projeto se encontra.
Seja para entender uma grande variedade de incógnitas no início ou para adicionar funções a um produto que está no mercado há algum tempo, confira a seguir quando usar a Design Sprint e o que esperar dela em cada etapa do seu projeto!
No começo de um projeto
Você pode usar uma sprint de projeto para iniciar uma mudança no processo ou iniciar a inovação de um conceito de produto. Isso funciona bem quando você está explorando oportunidades com o objetivo de criar conceitos originais que serão testados no mundo real.
No meio de um projeto
Você pode usar fazer um Design Sprint para iniciar um novo ciclo de atualizações, expandindo um conceito existente ou explorando novas maneiras de usar um produto.
Está trabalhando com um projeto de marketing e percebeu que os dados coletados poderiam ser úteis para outros segmentos de mercado. A construção de um protótipo vai dar à equipe a validação necessária e levar a um investimento mais profundo, o que acaba sendo recompensado com um aumento significativo nas vendas.
Em um projeto maduro
Uma rodada de Design Sprint também pode ser usada para testar um único recurso ou subcomponente de um produto. Isso permite que você se concentre em um aspecto particular do design.
Sua equipe talvez precise saber quais melhorias podem ser feitas no processo de integração. Use o Design Sprint para descobrir os prós e contras de um novo canal de integração pode fornecer informações detalhadas sobre uma parte de alto retorno da experiência do produto.
O Design Sprint traz clareza ao seu roteiro para o kickstart e obtém a validação inicial para praticamente qualquer novo trabalho relacionado ao design do produto.
Comece agora: tire suas ideias do papel em 5 dias
Imagine o processo do Design Sprint sendo realizado como ele deve ser: nos cinco dias úteis de uma semana, com cinco objetivos principais.
Segunda-feira: entender
O primeiro dia da Sprint é o momento de mapear e entender o(s) problema(s). Portanto, deve-se estabelecer metas e levantar hipóteses e suposições. Para isso, é importante reunir as diversas expertises dentro da equipe para garantir que se faça as perguntas certas para a total compreensão do problema.
Terça-feira: esboçar
Após a compreensão do problema no dia anterior, usa-se a terça-feira para discutir e rascunhar soluções. É o momento de abrir a caixa de ideias e explorar ao máximo os insights concebidos, sem tanta preocupação com a viabilidade técnica.
Depois de tudo esboçado, aí sim!, o grupo vai olhar para o resultado desse brainstorm e discutir como essas ideias irão funcionar, descartando as mais mirabolantes e priorizando as mais promissoras e realistas.
Quarta-feira: decidir
No terceiro dia, a equipe deve refinar as melhores ideias e eleger, dentre elas, a vencedora (geralmente uma só), que será prototipada. Também é o momento de criar o storyboard do processo, que nada mais é do que um passo a passo visual e detalhado de como será o MVP.
Quinta-feira: prototipar
No quarto dia, é chegada a hora de construir o seu protótipo da forma mais realista possível. O objetivo é que até o fim do dia haja um esboço perfeitamente funcional para ser testado e validado no dia seguinte.
A quinta-feira é um dia cheio, pois, além da construção do protótipo, deve incluir um roteiro dos testes a serem feitos com os usuários. Portanto, para favorecer a celeridade do processo, é importante planejar as ações no início do dia e usar as ferramentas de prototipagem mais conhecidas pela equipe.
Sexta-feira: testar
O último dia da sprint é dedicado a testar o protótipo junto aos potenciais usuários em sessões individuais. O objetivo é que ele interaja com as novas funcionalidades em tempo real e produza feedback instantâneo para a equipe. Ao final deste ciclo, é possível aprender com os insights obtidos, avaliar a aplicabilidade e validar ou não a ideia.
Design Thinking e Design Sprint: a combinação ideal
Também é importante saber que o Design Sprint usa ferramentas do Design Thinking para chegar a uma solução comercial. Podemos dizer que os dois processos são “primos”, mas eles têm diferenças.
Enquanto o Design Sprint é uma sequência de etapas, o Design Thinking é uma metodologia de solução de problemas que conta com ferramentas que nos ajudam a executar essas etapas.
Vamos pensar na elaboração de uma pizza. Neste caso, a Design Sprint seria a receita e o Design Thinking forneceria os ingredientes para prepará-la. Ou seja, combinar as 2 abordagens pode facilitar
O mundo ideal, portanto, é combinar essas duas abordagens. Elas são os focadas em inovação, pois facilitam processos de convergência e divergência de ideias.
Tenha sempre em mente que o Design Sprint é usado por equipes de produtos, enquanto o Design Thinking pode ser usado por “todos”. Quando o Design Sprint foi criado, o design thinking foi usado como a estrutura central — foi pensado para funcionar dentro do contexto de design de produto, no desenvolvimento de software e startups.
Outro ponto importante: os sprints de design são ótimos para inovação e criam novas ideias (usando técnicas de Design Thinking). Um dos requisitos é que especialistas de diferentes partes do negócio possam usar seu conhecimento para ajudar a trazer soluções mais diversificadas e atrair perspectivas diferentes dentro de uma organização.
E o Design Thinking, quando usado como uma metodologia, depende menos de experiência e mais de pesquisa e obtenção de contexto. A fase de inspiração é toda sobre a investigação contextual, entrevistas com usuários, um plano para direcionar e recrutar usuários ou usar métodos de pesquisa.
Lembre-se: o ideal é intensificar o uso do Design Thinking no pré-projeto. O método demanda mais tempo para coletar informações dos usuários e construir um contexto em torno do problema. Já um ciclo de Design Sprint tenta comprimi-lo em uma parte do dia.
Para que uma Sprint de projeto seja eficaz, você geralmente precisa de uma pesquisa pré-existente que tenha sido realizada como um preâmbulo para definir o estágio no primeiro dia e tentar enquadrar os problemas — e agir para resolvê-los.
Ao combinar Design Thinking e Design Sprints, 5 dias é tempo suficiente para validar a aceitação da sua solução. Funcionalidades ruins estão com os dias contados!
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