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Energytech: conheça os impactos das startups no setor de energia

Energytech é uma startup focada no desenvolvimento de soluções para o setor de energia. Conheça tudo sobre o assunto!


Os custos com energia elétrica estão entre os maiores de qualquer empresa física. Mas, nos últimos anos, uma nova aliada surgiu para revolucionar a forma como o mercado produz, consome e gerencia esse recurso tão valioso: a energytech

Embora pareça o nome de uma organização, na verdade, energytech é a forma como chamamos as startups focadas no desenvolvimento de soluções para o setor de energia, indo desde a geração até a distribuição.

Em um cenário em que a tecnologia é rainha, já dá para começar a imaginar os benefícios trazidos pela crescente intersecção entre esses dois mundos, não é mesmo? 

Mas vamos te explicar os detalhes ao longo deste artigo! 

O que é uma energytech?

Além de ser uma empresa nova, normalmente pequena e rica em conhecimento tecnológico, uma energytech tem como objetivo apoiar e induzir o aumento da capacidade operacional de geração de energia mundo afora.

Em linhas gerais, as startups que possuem este foco simplificam operações, buscam por soluções para tornar a manutenção dos equipamentos mais rápida e efetiva, e desenvolvem sistemas mais autônomos. 

Mas, principalmente, elas apoiam o desenvolvimento e a adoção de soluções tecnológicas avançadas para enfrentar desafios prementes e impulsionar a transição para um futuro mais sustentável.

Panorama brasileiro e mundial

A verdade é que nunca houve tanto investimento para inovação em energia como nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no mundo. 

O ecossistema de energytechs, por exemplo, vem mostrando cada vez mais potencial para atrair investidores e crescer, partindo da premissa de que o consumo de energia deve aumentar em quase 30% em todo o mundo até 2030

Para se ter uma ideia, em 2021, as empresas da área receberam aporte mundial de US$34 bilhões.

Já no Brasil, estudos mostraram que tínhamos 157 energytechs e, falando especificamente destas brasileiras, o investimento recebido chegou a US$66 milhões, sendo que US$62 milhões foram direcionados a empresas que desenvolviam soluções para a energia renovável. 

Além das organizações focadas em fontes renováveis, houve investimentos em startups de: 

  • Soluções em baterias;
  • Venda de energia no mercado livre;
  • Tecnologias desenvolvidas ou envolvidas com o IoT, Big Data e Supply Chain; 
  • Gestão inteligente de energia elétrica;
  • Melhor aproveitamento de energia.

Parece um mercado promissor, não é mesmo?

Impacto das energytechs no setor de energia

É fato conhecido que a energia movimenta empresas dos mais diversos segmentos: sem ela não há produção, não há internet, não há sistema e assim por diante. E, por conta disso, o uso e os custos deste recurso acabam sendo altíssimos. 

Diante desse contexto, o primeiro grande impacto da existência de uma energytech é o custo x benefício que ela traz. 

Afinal, ao introduzir tecnologias disruptivas e soluções inteligentes no setor, elas têm impulsionado a economia e o consumo inteligente tanto em organizações quanto nas residências. 

Mas não para por aí. Entre os impactos mais significativos das energytechs, estão:

  • Fomento à geração de energias renováveis de forma mais eficiente e acessível;
  • Desenvolvimento de tecnologias avançadas de armazenamento de energia, como baterias de alta capacidade e sistemas de armazenamento térmico;
  • Incentivo à evolução das redes elétricas tradicionais para sistemas mais inteligentes e interconectados.

Além disso, as energytechs estão oferecendo soluções de monitoramento remoto e análise de dados para operadores de infraestrutura energética. 

O que, por sua vez, permite a detecção precoce de falhas, manutenção preditiva e otimização de desempenho, reduzindo custos operacionais e aumentando a confiabilidade.

Exemplos de energytechs

Como citamos um pouco mais acima, não é preciso ser uma empresa de energia para ter as vantagens da parceria com uma energytech. 

Na verdade, muito pelo contrário: há empresas que ajudam também o consumidor a economizar e tornar sua casa mais eficiente.

Veja abaixo alguns exemplos para ambos os casos.

  • Romeo: este é um projeto apoiado pela União Europeia que busca aumentar o ciclo de vida das turbinas de geração de energia eólica e, consequentemente, de todo um parque eólico. Isso porque a empresa instala sensores de Internet das Coisas (IoT) para monitorar o comportamento das turbinas.
  • Lemon: a Lemon é uma fornecedora de energia sustentável para empresas. Seu objetivo é entregar energia limpa aos negócios, levando sustentabilidade aos seus clientes. A energia fornecida por eles é produzida em parques eólicos, pequenas hidrelétricas e também há a energia derivada do biogás.
  • Toshiba Energy Systems & Solutions Corporation: por lá, o foco é um programa de pesquisa que tem como intuito reduzir ocorrências de manutenção em até 20% em usinas geotérmicas. Com isso, o aumento de produção chega a ser de até 10%. Para tanto, a aposta está na implementação de sensores e Inteligência Artificial.
  • Solstar: a Solstar promete reduzir a conta de energia em até 95% – tudo isso com a instalação de um sistema de energia solar. 
  • Holu: já a Holu tem o foco na experiência do cliente. A ideia é que o consumidor possa acessar distribuidores, instaladores e financiadores em todo o país por meio de uma única plataforma. Assim, fica mais fácil encontrar boas propostas.
  • Clarke Energia: ajuda empresas a economizarem até 30% na conta de luz, por meio de adequações tarifárias e compra de energia livre.

A inovação e o futuro do setor 

Como vimos até aqui, a tecnologia pode trazer inúmeras vantagens competitivas para o setor de energia como um todo. E, ao que tudo indica, as energytechs continuarão a impulsionar a inovação tecnológica nos próximos anos. 

Vale lembrar que essas startups caminham de mãos dadas com tecnologias como: IoT, Inteligência Artificial e Big Data, que, quando combinadas à criatividade humana, apoiam e dão base para muitas descobertas. 

Isso, por sua vez, abre portas para que o setor de energia seja cada vez mais assertivo nos serviços oferecidos e para a construção de um futuro mais sustentável, eficiente e resiliente em termos energéticos.

Nesse sentido, eis algumas tendências que devem acompanhar o avanço das energytechs:

  • Surgimento de novas soluções e melhorias que permitirão a transição energética para fontes renováveis;
  • Aumento na adoção de veículos elétricos e sistemas de transporte autônomos;
  • Criação de mercados descentralizados de energia;
  • Produção de hidrogênio verde e outros combustíveis sintéticos a partir de fontes renováveis;
  • Fornecimento de soluções específicas para setores industriais, que ajudarão, cada vez mais, as empresas a reduzirem suas pegadas de carbono e aumentarem a eficiência operacional.

Em suma, à medida que a tecnologia continua a avançar e as demandas por energia limpa aumentam, essas startups continuarão a inovar e moldar o cenário energético global!

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