Compartilhar:

Categorias:

5 min read

Cloud native: o que é, benefícios e como adotar nos negócios

Você sabe o que é nuvem nativa (ou cloud native)? A abordagem de computação em nuvem é mais robusta e vem se tornando uma tendência nas empresas.


Pode ser a primeira vez que você ouve falar em cloud native, mas essa não é exatamente uma novidade nas empresas que precisam de abordagens robustas para sustentar seus negócios.

Em um contexto de mudanças rápidas e constantes, em que as corporações precisam adaptar seus modelos e lógica de desenvolvimento para se manterem competitivas, o cloud native pode ser uma ótima alternativa para manter a qualidade sem perder tempo.

Mesmo que sua empresa ainda esteja dando os primeiros passos no Cloud Computing, vale colocar o cloud native no radar. Confira esse artigo e aprenda tudo sobre o assunto!

O que é cloud native?

O conceito de cloud native pode ser explicado de diversas formas. Até mesmo entre os profissionais de TI que trabalham diretamente com a tecnologia, essa definição pode variar.

De forma abrangente, o cloud native é um modelo dinâmico de gerenciamento otimizado para cloud computing. O modelo foi criado para o ambiente em nuvem e, justamente por isso, é capaz de garantir muito mais agilidade, produtividade e competitividade para as corporações que o adotam.

A arquitetura e as tecnologias nativas de nuvem são uma abordagem para projetar, construir e operar cargas de trabalho que são criadas na nuvem e aproveitam ao máximo o modelo.

Para explicar de forma mais técnica, fomos buscar a definição oficial de quem é autoridade no assunto: o Cloud Native Computing Foundation. Confira:

As tecnologias de cloud native capacitam as organizações a criar e executar aplicativos escalonáveis em ambientes modernos e dinâmicos, como nuvens públicas, privadas e híbridas.

Contêineres, malhas de serviço, microsserviços, infraestrutura imutável e APIs declarativas exemplificam essa abordagem. Essas técnicas permitem sistemas flexivelmente acoplados que são resilientes, gerenciáveis e observáveis.

Pilares da cloud native

Os pilares de cloud native estão diretamente ligados às suas características. Por isso, o conteúdo a seguir vai complementar a definição do item anterior. Confira! 

1) Microsserviços

Cloud native pauta-se na utilização de microsserviços executados de forma autônoma e em linguagem de internet.

Isso quer dizer que os serviços que formam as aplicações podem funcionar de maneira independente, o que deixa o processo bem mais prático de ser desenvolvido e replicado já que essas aplicações podem funcionar sem interrupção enquanto os programadores trabalham.

2) Containers

Já falamos aqui que a conteinerização é a junção da cloud computing com APIs, permitindo que aplicativos sejam criados de forma mais rápida, segura e com menos custos envolvidos.

Os containers são serviços contidos em uma espécie de “compartimento”. Isso facilita o acesso a eles, tornando possível escalá-los, excluí-los, criá-los ou migrá-los para outros ambientes.

3) Entrega contínua

A criação da aplicação é otimizada com entregas contínuas desses serviços. Com isso, o tempo e o custo de desenvolvimento diminuem consideravelmente. Da mesma forma que a escalabilidade pode ser feita de acordo com o tamanho do projeto e com a adoção de automações.

Camadas da cloud native

Se você chegou até aqui e já reconheceu que cloud native possui a capacidade de oferecer a agilidade digital e a vantagem competitiva que sua corporação precisa, vamos te ajudar a defender essa ideia na sua empresa.

As quatro camadas da cloud nativa não só definem, como justificam a sua importância, principalmente para empresas que operam no ambiente digital com a oferta de produtos e serviços. Confira nossa lista!

  • Desenvolvimento

Tudo começa na camada de desenvolvimento. Ela é definida pela reunião dos recursos que os desenvolvedores usam para construir aplicativos, sistemas de mensagens, bancos de dados, imagens de contêiner e pipelines de integração e entrega contínua.

  • Provisionamento

Depois, a camada de provisionamento inclui todos os elementos que são necessários para construir e proteger o ambiente de execução do aplicativo.

Na prática, isso está diretamente ligado a tratar a infraestrutura com código, armazenar, automatizar e garantir a segurança de todos os recursos presentes, com varredura de vulnerabilidade, gerenciamento de política e ferramentas de autenticação.

  • Tempo de execução

Como o nome já diz, essa camada está ligada aos elementos necessários à execução de um aplicativo cloud native (ou seja, nativo da nuvem) – como o tempo de execução do contêiner, o armazenamento e a rede.

  • Orquestração e gerenciamento

É a camada final, que versa sobre a orquestração e o gerenciamento. Essa camada será a responsável por organizar os recursos utilizados durante a implantação, o gerenciamento e o dimensionamento de aplicativos em contêineres, incluindo orquestração e programação.

10 benefícios da nuvem nativa

Nossa lista de benefícios do cloud native foi desenvolvida comparando-o com os processos tradicionais. Acompanhe!

1) Sobre a linguagem! A linguagem do cloud native é mais moderna em relação ao modelo tradicional e ajuda na organização dos desenvolvedores.

2) Unidos venceremos! Implementar o cloud native requer um alto nível de cooperação entre os envolvidos nessa tarefa, o que aumenta o engajamento e o comprometimento dentro de um time, pois todos assumem o resultado pelas entregas.

3) Sem parar no tempo! Os aplicativos da cloud native são elaborados para estarem permanentemente disponíveis, resilientes e regularmente atualizáveis.

4) Sempre de olho! Com o cloud native se torna possível o monitoramento contínuo e detalhado do desempenho dos hardwares e sistemas.

5) A elasticidade da nuvem! Os aplicativos da cloud native possuem a capacidade de aproveitar a elasticidade da nuvem, flexibilizando o consumo de acordo com a demanda, de forma escalável.

6) Combo ágil! Melhoria contínua + estímulo à inovação + atuação de times multidisciplinares = aumento da produtividade + resultados exponenciais.

7) Automação 1! Crescente automação de tarefas repetitivas e manuais, deixando a equipe livre dessas tarefas para poder executar tarefas complexas e pensar em novas estratégias para o negócio.

8) Automação 2! O cloud native oferece uma gama de oportunidades de automação, o que permite que os desenvolvedores construam apenas uma vez e avancem para outros desafios mais complexos e urgentes.

9) Sem tempo a perder! O cloud native ajuda na simplificação e na desburocratização dos modelos adotados, ganhando o tempo que muitas vezes é perdido nos modelos tradicionais.

10) Agilidade na veia! Possibilidade de entregas confiáveis e melhoria da percepção da qualidade do serviço pelo usuário.

4 passos para adotar cloud native nos negócios

1. Trace um plano de migração

Sabe aquela história de “parece fácil, mas é difícil”? Não que a migração para cloud native seja algo muito complexo, mas temos que assumir que existe, sim, o risco de algo dar errado se a migração for executada sem o devido planejamento.

Por isso, esse é o passo número 1 da nossa lista. Comece pelo plano e não pule nenhuma etapa dele!

2. DevOps!

Sim, o DevOps é sobre reduzir o tempo de entrega da sua TI. O modelo que integra as áreas de desenvolvimento e operações cai como uma luva quando falamos em cloud native.

Na era da disrupção digital, ter uma TI preparada e eficiente para entregar resultados rápidos é um grande diferencial para manter a sua corporação na vanguarda do mercado.

3. Separe seus dados

Esse passo vem com um ponto de atenção importante!

É fundamental entender que dinamizar o funcionamento do aplicativo com a decomposição do sistema em microsserviços não adianta nada se todos eles precisarem acessar uma mesma base de dados. Isso vai criar limitações e dificultar o bom funcionamento da nuvem.

Logo, não negligencie essa etapa: separe seus dados para aumentar a capacidade de armazenamento e processamento em qualquer instância da nuvem.

4. Utilize uma arquitetura de serviços

Esse passo é dedicado especialmente para os desenvolvedores porque está diretamente ligado à sua cultura.

Veja: eles precisam ter em mente que, mesmo que eles entendam que o cloud native é baseado em serviços, a tendência de desenvolver sistemas acoplados não pode ser desconsiderada nesse contexto.

Caso isso não aconteça, pode representar um risco para a operação e para a empresa porque existe a chance de perceber um modelo nem tão cloud native assim, que não permita o acesso independente às funções do aplicativo.

Bônus!

Como falamos, esse é um processo que pode dar errado se não houver planejamento. Portanto, é preciso arrumar a casa antes de colocar a mão na massa!

Caso você e sua equipe não estejam seguros, conte com a MJV!

Quer aprofundar ainda mais nesse universo? Aproveite e baixe agora mesmo o Kit cloud na prática: descubra o potencial da nuvem.

Voltar