Prototipação: tipos e ferramentas para testar ideias e produtos
Conheça as diferentes formas de testar um produto ou uma ideia e saiba como validá-los antes mesmo de aplicar de forma definitiva no mercado.
Quando falamos sobre as fases do Design Thinking, a prototipação é o estágio final dessa metodologia, nele tentamos trazer nossas ideias para um mundo real e físico.
Acertar nesse momento garante que todo o esforço aplicado nas fases anteriores – Imersão, Análise e Ideação – traga os benefícios esperados para te ajudar no processo de inovação e a alcançar bons resultados, que sejam práticos e viáveis.
Dada a sua importância, no artigo de hoje, vamos te mostrar os tipos de prototipação e ferramentas que você pode utilizar para testar suas ideias e produtos.
O que é Prototipação?
Podemos definir prototipação como a forma de testar um produto ou uma ideia para validá-lo antes de aplicar de forma definitiva ou de fazer o lançamento deste produto ou serviço.
É uma forma de representação inicial de uma ideia de colocá-la em prática. Ela pode ser trabalhada em diferentes estágios de um projeto e tem uma série de benefícios, além de poder ser aplicada de diversas maneiras. Veja abaixo!
Benefícios dos protótipos
Como falamos acima, a prototipação é a última fase do processo de Design Thinking. E, se aplicada corretamente, ela pode trazer vários benefícios para você e para o seu negócio, como por exemplo:
- Facilidade para ter feedbacks de melhoria e otimização;
- Rodar experimentos em um ambiente de testes;
- Simular um produto ou serviço antes de lançar um MVP (Mínimo Produto Viável);
- Aprimorar o projeto antes do lançamento;
- Sanar dúvidas em relação às usabilidades do projeto e público destinado;
- Capacidade de oferecer um custo relativamente baixo.
Em um mundo em que empresas se tornam cada vez mais solucionadoras de problemas e dificuldades dos seus consumidores, é importante ter o máximo de clareza do que se busca.
Sim, isso garante que o que você deseja entregar está de acordo com o que o seu público precisa. Afinal, são essas pessoas que irão comprar de você.
Diferenças entre Protótipo e MVP
Te mostramos acima que um dos benefícios de um protótipo é simular um produto ou colocar uma ideia em ambiente de testes antes da “versão oficial”.
Mas algumas pessoas podem pensar: “mas isso não é a mesma coisa que um MVP?”
E a resposta para essa pergunta é: não! O MVP (Produto Viável Mínimo) é uma primeira versão de um produto ou serviço sendo testada e validada dentro do seu nicho de mercado.
O Protótipo é uma simulação desse produto ou serviço e permite realizar com mais facilidade alterações e mudanças no projeto.
Agora que você sabe a diferença, vamos conhecer os objetivos de protótipos?
Objetivos de um Protótipo
Os objetivos de um protótipo podem ser enquadrados em 4 possibilidades:
- Função;
- Olhar e sentir (aparência);
- Implementação;
- Integração.
Protótipos de Função (Role prototypes)
São construídos com o objetivo de investigar as funções que uma ideia ou produto podem realizar para um usuário. Ou seja, quais funcionalidades geram benefícios.
Esse tipo não leva em consideração aparência, sensação ou forma como pode ser desenvolvido.
Protótipos de Olhar e sentir ( Look & Feel prototypes)
Este segundo protótipo tem o objetivo de avaliar as características de interação com o usuário sem levar em consideração o papel que ele pode exercer na vida dessa pessoa.
É muito utilizado por quem procura melhorar os direcionamentos através da UI (User Interaction), ou interação do usuário.
Protótipos de Implementação (Implementation prototypes)
Aqui, busca-se eliminar dúvidas sobre a viabilidade e as melhores práticas para a implementação de um projeto e questões que podem afetar essa implementação
Protótipos de Integração (Integration prototypes)
Os protótipos de integração são construídos para representar a experiência completa do usuário de um artefato.
Esses protótipos reúnem o design pretendido do artefato englobando os três objetivos mencionados acima: função, aparência e implementação.
Tipos de Protótipos
Também podemos classificar os protótipos em 3 tipos diferentes, que são utilizados de acordo com o objetivo e a disponibilidade de recursos no momento.
Eles são classificados em:
- Baixa fidelidade;
- Média fidelidade;
- Alta fidelidade.
Além do termo fidelidade, você pode ouvir alguém falar em complexidade, é apenas uma variação de nome desses mesmos tipos.
Entenda um pouco mais sobre eles abaixo:
Protótipo de Baixa Fidelidade
Os protótipos de baixa fidelidade são utilizados em projetos não muito inovadores, e trazem detalhes mais superficiais.
Como o próprio nome diz, sua fidelidade, ou exatidão em relação ao projeto real, é baixa. Por isso, ele não é indicado se você quer testar a experiência do usuário.
Um exemplo fácil desse tipo é um rascunho em um papel.
Protótipo de Média Fidelidade
Os protótipos de média fidelidade já incluem um nível a mais, muitas vezes utilizando programas e softwares que trazem um aprofundamento em relação à prototipação de baixa fidelidade.
Por causa disso, ela também requer um maior investimento de tempo e conhecimento, o que leva a uma análise de pontos mais técnicos.
Protótipo de Alta Fidelidade
Esses modelos de alta fidelidade se assemelham bastante ao produto ou serviço final e, como o nome diz, com alta representação do real.
Por causa disso, o investimento de dinheiro e tempo nesse tipo de prototipação costuma ser mais elevado.
Eles trazem muito mais informações e feedbacks que podem e devem ser utilizados para otimizações antes do produto ou serviço real ser lançado, diminuindo a chance de erros.
Agora que você já entende os tipos de protótipos, vamos falar sobre ferramentas que podem auxiliar você nesse processo.
Ferramentas de Prototipagem
Para projetos que envolvem protótipos de baixa fidelidade, você pode usar um caderno, um post it ou até mesmo uma simples folha para criar este modelo.
Para processos mais fiéis, é necessário investir em alguma ferramenta que irá trazer mais detalhamento para as suas ideias.
Veja algumas sugestões que você pode utilizar para criar protótipos de média ou alta fidelidade:
- PowerPoint;
- Google Apresentações;
- Adobe XD;
- Figma;
- Sketch;
- Invision;
- Notion;
- Confluence;
- Webflow;
- AutoCAD;
- SketchUp;
- FreeCAD.
3 Passos para você criar o seu próprio protótipo
Agora que você sabe o que é, os tipos existentes e ferramentas que pode utilizar para prototipar o seu projeto, vamos te ajudar com 3 passos para que consiga colocar em prática.
1. Conceitualização
A conceitualização é o passo inicial para você organizar as ideias e definir os conceitos que serão trabalhados na prototipação e o que você precisa para que seja colocado em prática.
2. Desenvolvimento
Como o próprio nome diz, nesta etapa é onde você coloca a mão na massa e dá início à construção do protótipo.
Nos projetos de média e alta fidelidade, é aqui que vai sendo alinhado o design às características e funcionalidades.
3. Testagem
Com o desenvolvimento completo, é hora de começar a testar o seu produto e avaliar os prós e contras em um ambiente muito mais amigável.
Dessa forma, os ajustes serão feitos antes do lançamento no mercado, momento em que a necessidade de entregar um produto ou serviço de qualidade é imprescindível.
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