Quais são as tendências digitais no mercado de seguros?
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro vinculado ao Ministério da Fazenda, em 2014, o faturamento do mercado por ela regulamentado atingiu cerca de R$ 194 bilhões.
Os números dão conta de um aumento de 8,9% em relação a 2013, o que mostra que o brasileiro está sim, cada vez mais, investindo em seguros.
Contudo, as empresas seguradoras ainda têm muito a crescer no que diz respeito ao comércio eletrônico – este também em pleno crescimento: de acordo com o E-bit, o país movimentou R$ 35,8 bilhões, firmando-se como o décimo colocado na escala global. “Na Inglaterra, por exemplo, você tem mais de 50% das vendas de seguros sendo feitas online, sem o intermédio do corretor, o que dá uma margem maior às seguradoras ao mesmo tempo em que diminui os custos para os segurados”, afirma Maurício Vianna, CEO da MJV Tecnologia & Inovação.
Seguradoras brasileiras são tímidas ao investir em e-commerce?
Entre as 20 maiores seguradoras brasileiras, ranqueadas pela revista EXAME, é possível constatar que menos de metade fazem negócios por meio de uma loja virtual – vendem diretamente ao segurado. Na maioria dos casos, o site corporativo mostra os produtos e direciona o potencial cliente para o atendimento com o corretor. Poucas seguradoras realizam todo o processo de um e-commerce, da escolha de um produto até a finalização de pagamento.
A venda online de seguros pode abranger segmentações de consumidores únicas e familiarizadas com a internet e com a compra por impulso, ação que, muitas vezes, não acontece na venda porta a porta.
No Brasil, algumas iniciativas para facilitar o comércio virtual de seguros já começaram a ser estabelecidas. Um exemplo é o projeto MeSegura, que oferece ao público acesso fácil e rápido a cotações, agindo como uma ponte entre os corretores e os potenciais segurados. Seguindo uma tendência já estabelecida em outros segmentos, a mecânica da plataforma reúne os dados coletados dos usuários e os distribui entre as seguradoras cadastradas, de acordo com as preferências ou necessidades do cliente.
Tendência: Telemetria para calcular prêmios
Outra tendência ainda pouco explorada pelas seguradoras brasileiras é a Telemetria. Nas apólices de seguros automobilísticos, a Telemetria pode ser útil para trabalhar preventivamente, pois possibilita a estruturação das informações e a geração de relatórios rápidos de infrações, imprudências e incidentes, dando às seguradoras subsídios para investir em conscientização e treinamentos, mas também pode proporcionar aproximação e melhoria no relacionamento com o cliente.
Algumas seguradoras europeias já fazem a análise do comportamento dos condutores, via soluções baseadas em telemetria, inclusive para aceitar a renovação do contrato de seguro. Está na hora do mercado brasileiro de seguros automobilísticos usufruir desta tecnologia para proporcionar uma experiência melhor aos segurados e, consequentemente, melhorar sua performance de mercado.
Que outras tendências digitais você acha que as seguradoras brasileiras devem começar a prestar atenção? Conte pra gente nos comentários!
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