Como olhar para o futuro pós-pandemia?
Em um mundo pós-digital, a estabilidade é exceção. Esse post vem para orientar sua visão sobre as mudanças que estão acontecendo. E mais: para antecipar questões com as quais você irá se deparar daqui em diante
Você provavelmente cansou de ouvir os termos “mudança” e “transformação” nas últimas semanas. Isso porque esse argumento torna-se um lugar comum quando há um amontoado de novas informações para compreender e contextos para adaptar.
Primeiro, precisamos nos localizar. Vamos entender em que lugar estamos para projetar o amanhã. Enxergue esse post como um farol para te auxiliar a navegar pelas incertezas.
O norte? Um futuro desejável, é claro.
Mundo pós-digital: para onde estamos indo?
Vivemos um momento de disfunção em relação ao funcionamento da sociedade como conhecemos. Essa ruptura é o que chamamos de cenário de colapso. Algumas coisas nunca mais serão como antes. Algumas voltarão ao status que nos é familiar.
Desse novo contexto, vão emergir problemáticas totalmente inéditas: serão os novos wicked problems da humanidade.
Nas literaturas sobre planejamento, o termo “wicked problem” refere-se a problemas graves e de difícil resolução, que possuem variáveis desconhecidas e nuances complexas. Esse tipo de situação ocorre em áreas como saúde, educação, economia, meio ambiente, entre outras.
É exatamente o que estamos enfrentando agora, na prática. E isso influencia de forma definitiva a maneira como as corporações precisam se estruturar. Ou reestruturar.
Então, na prática, o que está mudando?
- Consumo: com o isolamento social e a recomendação de permanecermos em casa, a demanda por serviços de delivery disparou. Se antes toda empresa deveria ter background tecnológico, agora a demanda é por um sistema de logística sólido.
- Educação: sem um sistema de educação a distância, a maioria das escolas e universidades seguem postergando o retorno às aulas. Na contramão, de acordo com um site de empregos, entre março e abril houve um aumento de 68% nas matrículas para cursos online. Modelos EAD e semipresenciais devem ser fatores determinantes para instituições de ensino e capacitação corporativa daqui para frente.
- Trabalho – segundo dados do Instituto Datafolha, 54% dos brasileiros dizem não poder trabalhar em casa durante a quarentena. Com a necessidade da digitalização batendo à porta das empresas, o processo de adesão ao trabalho remoto está cada vez mais acelerado.
Saiba como melhorar a gestão do trabalho remoto no seu time aqui.
Esses são apenas alguns dos novos contextos que estão emergindo durante a crise — e que serão tópicos de debates acalorados (talvez via conferência) nos próximos anos. São questões inerentes à um mundo pós-digital, em que a estabilidade é exceção.
O que vem depois da Transformação Digital?
A Transformação Digital ficou para trás.
“O quê?” – você pergunta. Sim, se você está lendo esse post, se está trabalhando remotamente, se faz reuniões por aplicativos… bem, a Transformação Digital ficou no passado para você.
Isso já aconteceu, justamente para viabilizar o momento que estamos vivendo: a era-pós digital. O momento onde o analógico é superado e a tecnologia torna-se onipresente (e quase que imperceptível).
Dê as boas-vindas à Era da Aceleração Digital.
Você é realmente digital?
“Ok. Mas ainda estou tendo dificuldades”. Sim, grande parte das corporações e seus funcionários também estão. Isso acontece porque digitalizar apenas alguns processos é diferente de estruturar sua empresa e colaboradores para pensar e atuar de forma 100% digital.
Ao longo do tempo, tentamos realizar a Transformação Digital de forma gradual. Mas quando fomos acometidos por uma situação emergencial – como a pandemia do coronavírus -, o ritmo das mudanças se mostrou rapidamente inadequado para responder ao problema.
Tendo em vista a dificuldade de adaptação, há um sentimento unânime: precisamos acentuar a velocidade das transformações.
Estamos falando da possibilidade de operacionalizar um negócio de forma totalmente remota, de um modus operandi ainda mais enxuto do que aqueles das startups, e talvez – a depender do período de distanciamento social – do surgimento da próxima geração de modelos negócios disruptivos.
Mas para mergulhar de cabeça na aceleração digital e atravessar a crise de forma mais fluida, é fundamental revisitar o próprio planejamento de negócios e reconstruir processos.
Reposicionamento estratégico: hora de dar tração ao seu negócio
Novos tempos pedem novas soluções. Entre elas, mudanças estruturais.
Se a sua empresa foi pega totalmente desprevenida com a transição remota, você vai precisar de um Plano de Continuidade de Negócios. Mas se você conseguiu manter boa parte das operações ativas e mitigar perdas, agora é hora de dar tração ao seu negócio novamente.
Na MJV, lidamos com negócios sem “achismos” – conscientes de que é preciso investir em uma infraestrutura que permita aos times serem tão produtivos quanto antes.
Devemos aceitar o agora e reformular a estratégia de negócios. Para isso, usamos o Design Thinking para auxiliar nossos clientes a revisitar seus planejamentos e entender os melhores caminhos para lidar com essa nova realidade.
Para te ajudar nessa missão, trouxemos 2 propostas nesse blog post. Confira só!
Design Thinking Digital
Dar continuidade às oportunidades de negócios é fundamental para acelerar a inovação e manter-se competitivo no mercado. Então, se você pensa em pausar projetos por falta de alinhamento ou dificuldade de coletar de insumos, o Design Thinking Digital é para você.
O DT Digital é uma adaptação do Design Thinking para o contexto remoto, que se utiliza de ferramentas digitais para compreender os desafios de negócios, redesenhar processos e gerar insumos para tomadas de decisões mais alinhadas aos problemas atuais.
Sprint Remoto para Reposicionamento Estratégico
Decisões de negócios precisam ser ágeis, bem embasadas e certeiras. Nossa sprint remota propõe um formato novo para diagnosticar, conceituar e validar alterações no plano de negócios e promover um redirecionamento estratégico.
Combinando Design Thinking e Ágil, ajudamos nossos clientes a revisar todas as etapas do planejamento para redefinir prioridades e otimizar a tomada de decisão.
O novo normal está em construção
Não, não estamos vivendo o novo normal. Ainda. Ele está em construção, a todo vapor, é verdade. A palavra-chave é adaptação, em todos os quesitos.
Como você viu, novos comportamentos estão emergindo. Outros, voltando à moda, como o retorno dos cinemas drive-in nos EUA (e agora no Brasil). E por último, mas não menos importante, a criação de novos hábitos de consumo, como as “raves” de música eletrônica dentro dos carros na Dinamarca e na Alemanha.
No âmbito do trabalho, muitos de nós não voltaremos aos escritórios. Ou faremos com frequência diferente do que conhecíamos. Os ambientes também serão alterados – agora com toda a infraestrutura para produzir melhor. E atendendo a novos requisitos de segurança, que certamente serão criados.
Novas habilidades também precisarão ser desenvolvidas, as famosas soft skills. Características como inteligência emocional, auto-gerenciamento e colaboração serão cruciais durante e depois da crise.
A crise nos convida à reflexão, mas exige ação imediata na direção de construir resiliência organizacional para navegar pelas incertezas. Resta nos adaptarmos ao novo e agir de forma antecipatória para aproveitarmos as oportunidades que estão por vir no pós-pandemia.
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